O Papa Bento XVI exortou ao Episcopado tailandês a promover “o entendimento recíproco sobre a transmissão das tradições às gerações futuras, a afirmação dos valores éticos perceptíveis pela razão, o respeito pelo transcendente, a oração e a contemplação”.
Ao receber em visita ad limina aos Prelados, o Santo Padre assinalou que a evangelização desta comunidade católica “se emoldura no contexto das relações, sobre tudo com os budistas”, e que a “coexistência das diferentes comunidades religiosas se desenvolve no cenário da globalização”.
Embora “o crescimento dos vínculos econômicos e culturais aumenta o sentido de solidariedade global e de responsabilidade compartilhada”; também existem “sinais preocupantes de uma fragmentação e um certo individualismo” que “marginam o transcendente e o sentido do sagrado, e eclipsam a fonte da harmonia e a unidade no universo”, lembrou.
“Os aspectos negativos deste fenômeno cultural, que causam consternação a vós e a outros líderes religiosos em seu país, põem de manifesto a importância da cooperação interreligiosa”, sublinhou o Pontífice.
Em outro momento afirmou que a efusão do Espírito Santo é um dom e uma tarefa que implica “a apresentação de Cristo e de seu amor ao mundo” e destacou que em Tailândia, “esse dom se encontra em particular nos hospitais e nas obras sociais da Igreja, assim como nas escolas”.
Por isso as escolas e institutos, não só devem formar intelectualmente aos jovens, mas devem contribuir a sua educação espiritual e moral; por isso os religiosos e religiosas que “emprestam seu serviço com diligencia nos colégios católicos das dioceses ” têm como missão principal a evangelização, destacou o Papa.
“É muito importante que os religiosos permaneçam unidos aos estudantes e a suas famílias, especialmente mediante as aulas de Catecismo para os católicos e outras pessoas interessadas, e através da formação moral e a atenção espiritual de todos na escola”, indicou.
Logo de manifestar sua consideração pelos esforços de toda a comunidade católica de Tailândia em sustentar a dignidade de toda vida humana, especialmente a mais vulnerável”, o Santo Padre assinalou que algo que “preocupa de modo particular é o flagelo do tráfico de mulheres e crianças, e a prostituição” no que a pobreza é o “fator que está na base deste fenômeno”.
“Há outro aspecto que terá que reconhecer e fazer frente conjuntamente para rebater com eficácia esta aborrecível exploração humana”, a “banalização da sexualidade nos meios de comunicação e no mundo do espetáculo que alimentam o declino dos valores morais e conduzem  à degradação da mulher, a enfraquecer a fidelidade matrimonial e ao abuso das crianças”, concluiu.