O Primeiro-ministro da Inglaterra, Gordon Brown, autorizou a seus co-partidários votar de forma independente -até contra o que opine o bloco trabalhista- sobre o polêmico projeto de lei que permitiria a criação de embriões híbridos 99,9 por cento humanos e 0,1 por cento animais.

Este projeto, que já foi aprovado pela Câmara dos Lores, deve ser votado pelos deputados. Com a decisão do Brown, quem estiver contra esta controversial medida poderá expressá-lo com seu voto.

Em uma carta aos deputados, Brown insistiu em defender a norma mas acedeu a permitir um voto livre em três aspectos dessa controvertida proposta, principalmente a autorização de criar embriões híbridos humano-animais.

Diante desta decisão, o Cardeal Cormac Murphy-O’Connor, Arcebispo de Westminster e Presidente da Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales, emitiu um comunicado no que precisam que "o voto livre será bem-vindo pelas pessoas de todos os credos ou nenhum, que estão preocupadas com as implicâncias desta lei que vai ao coração do que significa sermos humanos".

Os bispos explicaram que a investigação científica é "bem-vinda e necessária", mas precisaram que na área das células-tronco adultas não se pode contemplar "a deliberada criação e destruição da vida humana. É possível certamente alcançar bons fins com a investigação que se realiza sem recorrer aos meios eticamente questionáveis".

Em outra declaração, agora do Arcebispo de Birmingham, Dom Vincent Nichols, se precisa que "este assunto compete amplamente não só aos católicos mas sim às pessoas de outros credos que também têm preocupações éticas".