O Instituto Nacional de Estatística Geográfica e Informática (INEGI) do México indicou que embora a maioria dos mexicanos são católicos cada dia são mais os que "refugiam-se em novos movimentos mercantilistas, como Pare de Sofrer", mas "o grupo que mais rápido ganha terreno é o dos sem Deus" (ateus)

Em um recente informe, o INEGI assinala que anualmente os ateus crescem em 5,2 por cento, enquanto que os católicos crescem em 1,7 por cento.

Os mexicanos "envolvem-se cada dia mais nos novos movimentos religiosos que estão ganhando terreno no mercado da fé, principalmente nas zonas rurais, urbanas marginais e nas comunidades indígenas", afirma o estudo, que revela que "estes fiéis apresentam duas características: percentagens consideráveis de analfabetismo e ganhos menores aos três salários mínimos".

Nos católicos "em realidade não existe um compromisso com a fé que pregam", converteram-se em fiéis light que somente participam de batismos ou matrimônios, mas não das Missas dominicais, assim o testemunha um recente estudo realizado pelo Instituto Mexicano de Doutrina Social Cristã.

Os domingos "assistem na Missa 10 milhões 704 mil católicos, a cerca de nove mil e 906 paróquias, capelas e templos do país, quer dizer em média há 200 paroquianos" em cada celebração Eucarística dominical.

Por sua vez, o catedrático do Instituto de Investigações Sociais, José Suárez, indicou que grupos religiosos como a igreja universal do Reino de Deus, conhecida como ‘Pare de sofrer’, têm êxito "porque oferecem o que não pôde dar o mundo sócio-político, que é acabar com o sofrimento da gente".

No México se involui para o "primitivismo religioso" e como o país vive um período de decadência em todos os contextos, também este se experimenta no religioso, destacou Alejandro Tomasini Bassols do Instituto de Investigações Filosóficas.

"De uma vida espiritual se passou a um negócio, que revela o grau de desespero de muita gente, da necessidade de acreditar quando as instituições já não cumprem com sua função", demarcou.