O Observador Permanente da Santa Sé ante as Nações Unidas, Dom Celestino Migliore, destacou "a tremenda contribuição que fazem as mulheres à sociedade dentro dos lares e famílias" e sublinhou a necessidade de dar igualdade de oportunidades às mulheres nos distintos âmbitos da sociedade.

Dirigindo-se ao Conselho Social e Econômico da ONU, o Arcebispo enfatizou que a grande doação das mulheres como esposas e mães, muitas vezes não é reconhecida nem recompensada.

"As mulheres enfrentam o desafio de criar os filhos e ao mesmo tempo conseguir segurança econômica". Adicionou que "existe a necessidade de melhores recursos e políticas para recompensar a contribuição socioeconômica das mulheres nos lares", indicou.

O Núncio pediu garantir para as mulheres igualdade de oportunidades, remuneração do trabalho, acesso a todas as carreiras, assim como igualdade no acesso à saúde e processos legais, eqüidade nas propriedades e direitos familiares.

Assegurou destacou que "a Santa Sé permanece totalmente comprometida em investir na educação de mulheres e meninas" e pediu que "as práticas discriminatórias se denunciem e eliminem".

Recordou a preocupante realidade de exploração e tráfico de mulheres e meninas com fins econômicos e sexuais, de maneira que "os programas que provêem assistência a mulheres necessitadas e particularmente às vítimas de mau trato sexual ou psicológico, devem ser uma prioridade"

"O crescente número de mulheres que trabalham fora de casa desafia aos governos a promulgar leis, implementar programas e reforçar medidas para proteger às mulheres de predadores inescrupulosos, condições de trabalho ‘sub-humanas’ e trabalhos ‘deshumanizantes’", explicou.