HAVANA, 28 de fev de 2008 às 12:33
Em uma nota editorial titulada "O Santo padroeiro e a Catedral do Pinar del Rio", publicada pela revista católica "Vitral" desta diocese cubana, o Pe. Joaquín Gaiga lembrou que a Igreja local continua a ser uma "Igreja missionária".
No artigo, o Pe. Gaiga assinala que "a história da nossa cidade corre em paralelo com a da Igreja que um dia ‘convenceu’ aos habitantes da fazenda do Pinar del Rio, que chegavam de lugares muito distantes para ouvir Missa na pobre ermida de yagua e guano, primeira Paróquia de São Rosendo, até que construíram suas casas nas cercanias do templo".
Assim começou o núcleo populacional do Pinar del Rio "que com o correr do tempo iria virar a nossa atual cidade".
A Diocese do Pinar del Rio foi estabelecida pelo Papa Leão XIII em 20 de fevereiro de
Sob o subtítulo de "Que Igreja somos?", o Pe. Gaiga recorda que a Igreja Católica "começou o anúncio do Evangelho nesta zona de Vueltabajo faz cerca de 500 anos. A finais do século XIX, e princípios do XX, esta Igreja contava com numerosos missionários leigos e religiosos que percorreram até os mais afastados campos e povoados, ficando em casas de tabaco ou de famílias que os acolhiam por várias semanas".
Leigos e sacerdotes "deixaram uma rica tradição de apostolado leigo e de missões camponesas que marcaram, até os nossos dias, o estilo desta Igreja pinarense", adiciona o artigo.
"Na atualidade –prossegue-, nossa Igreja continua a ser uma Igreja missionária, que vive a plenitude a caridade cristã, mostrada especialmente pela esmerada atenção aos doentes e anciões, por projetos de formação e promoção humana e por uma constante preocupação na esfera educativa através da catequese e da formação cívica fundamentada nos valores cristãos".
Trata-se também de uma Igreja, argumenta o Pe. Joaquín Gaiga, "que chegou a casarios e bateyes através dos Ministros da Palavra, porque optou por envolver-se, se involucrar e misturar-se, por relacionar-se, por permanecer, por penetrar cada ambiente, em cada realidade humana, social, econômica, sem perder sua própria identidade, quer dizer, uma Igreja que existe, como seu Mestre, compartilhando a vida dos homens e mulheres e ao mesmo tempo anunciando a vida de Deus".