A controvertida matéria de "Educação para a Cidadania" (EpC) faz lembrar do totalitarismo soviético, assinalaram peritos este fim de semana em Madri, durante o I Encontro Nacional de pessoas com objeção de Consciência à matéria Educação para a Cidadania, realizado sob o lema "Sem medo".

Durante o encontro, que contou com a participação de mais de 500 pais que têm objeção de consciência perante a matéria EpC em representação de 60 plataformas de pais, associações e entidades de toda a Espanha, Laszlo Marki, vice-presidente da Confederação de Associações Européias de Famílias Numerosas assinalou que "venho de um país, Hungria, que teve uma experiência totalitária em que a escola era um mecanismo de controle. Por isso apoio aos pais que têm objeções à Educação para a Cidadania".

O encontro foi inaugurado por Carlos Cremades, Presidente da Fundação titular do colégio Monte Tabor, César Vidal, diretor do Programa da Cadeia COPE "A Lanterna" e Jaime Urcelay, Presidente de Profissionais pela Ética.

 

Durante o congresso, Inger Enkvist, catedrática da Universidade de Lund (Suécia) e perita em sistemas educativos europeus e assessora do Ministério de Educação da Suécia explicou que o conhecimento das instituições políticas e cívicas de um país deve estar presente em todas as matérias educativas e não ministrar-se através de uma disciplina. "O Estado não pode impor valores morais sem consenso social", adicionou a perita sueca.

Atualmente existem 22.334 objeções registradas; mas se estima que o número real poderia passar as 24.000.

Segundo José Luís Bazán, Coordenador da Rede de Advogados pela Liberdade de Educação e de Consciência, diante das denegações nas escolas, milhares de pais optaram por colocar recursos administrativos, que desembocarão se não se estimam, em recursos judiciais litigoso-administrativos.

O Encontro concluiu com a entrega dos prêmios "Liberdade" a pessoas e entidades especialmente comprometidas com a liberdade dos pais perante à doutrinação.