A Corporação de Advogados Católicos argentinos pediu ao governo de Cristina Kirchner o retiro imediato de Alberto Iribarne como Embaixador proposto ante a Santa Sé, quem ao não ter recebido o "placet" do Vaticano, criou uma situação de tensão entre o governo argentino e a Santa Sé.

 

A Corporação de Advogados Católicos recordou que, além de divorciado e volto a casar, Iribarne é um dos assinantes do controvertido "Plano Nacional contra a Discriminação", uma das leis mais criticadas pela Igreja e as organizações de defesa da vida e a família.

 

A Corporação de Advogados Católicos assinala que embora se ignora as razões pelas quais o Vaticano negou o placet a Iribarne, mas "o atribui à condição de divorciado e voltado a casar. Sobre o particular cabe dizer que, tratando-se da Argentina, como país católico e respeitoso das normas e princípios que informam as relações com a Santa Sé, pareceria lógico que o motivo aludido pudesse ser a causa do rechaço".

 

Entretanto, a CAC recorda que a esta causa se pode adicionar que Iribarne assinou o Decreto aprobatóio do documento titulado "Para um Plano Nacional contra a Discriminação".

 

Segundo a CAC "este é um verdadeiro plano mestre que contém propostas de conteúdo repudiável, entre outras matérias, o aborto, a homossexualidade… a modificação das relações da Igreja e o Estado, o que derivaria, entre outras conseqüências, na eliminação dos capelães católicos nas cárceres, hospitais e capelães militares, e a eliminação dos símbolos religiosos nos escritórios públicos, etc.".

 

"Como conclusão –diz o comunicado-, a fim de não complicar as relações com a Santa Sé, seria desejável que não se insista na designação deste candidato".