Mais de um milhar de pais de família se aderiram ao recurso apresentado pela associação E-Cristians, a Fundação Abat Oliba, Juristes Cristians, e o advogado Manuel Silva Sánchez, para denunciar a ilegalidade e a inconstitucionalidade dos decretos da Generalitat da Catalunha que introduzem a ideologizada Educação para a Cidadania (EpC).

Este fato é um "sucesso pouco comum" pois estas pessoas atuam a "título individual e pessoal, e não como uma associação ou como um coletivo com entidade própria", assinalou em um comunicado Juristes Cristians.

Deste modo as associações manifestaram que após iniciar as aulas, os pais se precaveram que a questionada disciplina estava sendo ministrada e quais eram seus conteúdos, e para mostrar "o descontentamento e a indignação" mais de mil pessoas foram aos cartórios e apresentaram um escrito ante o Tribunal Superior de Justiça da Catalunha pelo que pedem "ficar integrados naquele litígio" e outorgam poder a quem represente ante a Sala.

O que reclama este numeroso grupo é a tentativa da Generalitat catalã de "impor no ensino, tão pública como privada, uma determinada moral que apenas alguns poucos compartilham", querendo "substituir aos pais no exercício de um direito fundamental" de que seus filhos recebam a formação religiosa e moral "de acordo com suas próprias convicções", assinalaram.

"O recurso, que denúncia a ilegalidade e a inconstitucionalidade dos decretos da Generalitat" para introduzir a EpC não procura "discutir se quão moral pretende impor na educação o Governo da Generalitat é mais ou menos acertada, mais ou menos aceitável" mas sim lutar "pela liberdade e pelos direitos de todos os indivíduos, sejam quais sejam suas crenças, seja qual seja sua religião", asseveraram.

"Nem os poderes públicos em geral, nem o Governo da Generalitat em particular, tem autoridade nem jurídica nem moral para decidir como devem orientar sua vida as pessoas, nem o que é o que estas têm que considerar como bem ou como mal", demarcaram as associações.