Em uma carta dirigida a seus irmãos no episcopado da Venezuela, o Arcebispo de Caracas, Cardeal Jorge Urosa Savino, informou que na sexta-feira passada foi "violentamente agredido verbal e fisicamente" perto da catedral caraquenha por um grupo organizado simpatizante do governo.

O Cardeal informou que aquele dia, a primeiras horas da tarde, "quando saía do Palácio, em meu carro com meu chofer, fui violentamente agredido verbal e fisicamente, embora não recebi golpes, pois estes e chutes atacaram o carro" pertencente à arquidiocese.

Sobre os protagonistas deste ato violento, o Cardeal assinalou que "foram 15 pessoas, das que integram o grupo violento chamadoA Esquina Quente’", conhecido por seu aberto respaldo ao governo do preside Hugo Chávez.

Segundo o Cardeal, "não houve proteção por parte da Polícia de Caracas, colocada nas portas do Câmara de vereadores Municipal, ao lado do Palácio".

Finalmente, o Cardeal informou ter "deixado duas mensagens sobre o assunto ao ministro Pedro Carreño, quem não retornou a ligação". 

"Graças a Deus, desta vez saí incólume", concluiu o Cardeal.