Os pais de família da Região de Murcia (Espanha) organizaram-se contra a ideologizada disciplina Educação para a Cidadania (EpC) e criaram uma nova plataforma cidadã chamada "27.3 Pais pela Liberdade" (www.padresporlalibertad.es).

A plataforma, que será lançada nesta quarta-feira, 28 de novembro, no hotel Siete Coronas às 11:30 a.m., "nasce em defesa da liberdade e o direito dos pais à educação de nossos filhos, como proclama o Art. 27.3 da Constituição Espanhola", assinalaram os organizadores.

"Os pais têm a obrigação de responder a esta agressão contra nossa liberdade de maneira responsável e comprometida" por isso "a plataforma pretende a supressão da disciplina como obrigatória" e "promove a objeção de consciência como única alternativa que fica aos pais para defender o direito à educação moral de seus filhos", indicaram.

O nome do site se deve ao "artigo da Constituição onde expressamente afirma e defende a liberdade dos pais para educar a seus filhos segundo suas próprias convicções sejam do tipo que sejam", demarcaram.

21 mil objeções

Por sua parte a associação Profissionais pela Ética emitiu um relatório sobre a questionada EpC entre abril e novembro de 2007, no que asseguram que foram quase 21 mil as objeções apresentadas oficialmente nos centros educativos ou nas Assessorias de Educação. Entretanto "as objeções superam com segurança as 21 mil" pois "há pais que objetam e não o fazem público", afirmaram.

"O Governo e as administrações educativas freqüentemente não reconhecem os dados de objeções porque não querem tomar consciência do problema ou porque desconhecem os dados reais devido a que os colégios e institutos não notificam" as objeções e "com esta omissão, os centros educativos obstaculizam um direito constitucional dos pais e ocultam informação relevante", assinala o relatório.

Entre as últimas objeções se sobressaem as atas em Castilla-La Mancha (6.228), na Comunidade de Madri (4.862), Andaluzia (3.786) e Região de Murcia (1.875).