Os bispos auxiliares e sacerdotes de Caracas expressaram sua solidariedade com o Arcebispo da arquidiocese, Cardeal Jorge Urosa Savino, ante as "reiteradas e graves desqualificações, ofensas, insultos e ameaças" proferidas contra ele por parte do Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, lhe exigindo uma "mudança de atitude" pois estas condutas "ofendem o povo católico e todos os cidadãos".

Através de um comunicado conjunto emitido esta segunda-feira, os prelados e o Conselho presbiterial arquidiocesano expressam sua "adesão humana e cristã" ao Cardeal ante os ataques proferidos contra ele e contra outros sacerdotes por parte do mandatário venezuelano e outros altos representantes do governo.

Depois de destacar que este mês de novembro, o Cardeal não se encontra na Venezuela mas sim em Roma participando de trabalhos próprios do Colégio Cardinalício, os bispos e presbíteros reiteram sua preocupação "pelo nível de violência e a conseguinte deterioração da convivência cidadã, que tais ofensas originam no contexto de um processo eleitoral que exige mas bem um clima de reflexão".

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Através de suas "ponderadas opiniões", asseguram os assinantes do comunicado, os bispos venezuelanos cumpriram com o chamado feito a todos os cidadãos a "participar e a contribuir" os próprios pontos de vista e consideram que "emitir um parecer raciocinado não constitui nenhum delito se não mas bem é um dever pastoral para qualquer Bispo da Igreja Católica, quando está em jogo o bem comum".

Os ataques contra o Arcebispo de Caracas, "quem nunca ofendeu nem faltado o respeito ao Primeiro Magistrado nem a nenhum procurador do governo nacional", prossegue a nota, "não somente desdizem da majestade da primeira magistratura, mas sim, além disso, ofendem ao povo católico e a todos os cidadãos respeitosos da dignidade humana e de seus direitos inerentes".

Ao tempo que manifestam sua disposição ao perdão, os prelados asseguram finalmente estar consente de seu dever pastoral de "exortar e exigir uma mudança de atitude a respeito, a favor de uma convivência humana mais digna de todos".