O catedrático de Direito Canônico da UCM, Rafael Navarro-Valls, disse que os gestos com os que o Governo socialista procurou aproximar-se da Igreja, poderiam tratar-se de um "degelo pré-eleitoral", por isso animou aos paroquianos a "não baixar a guarda" em um "momento de trânsito" como são as próximas eleições a celebrar-se nos primeiros meses de 2008.

Conforme informou o jornal Alba, em sua intervenção no Congresso de Católicos e Vida Pública, Navarro Valls se referiu aos gestos que o Governo do PSOE teve para com a Igreja na Espanha, como foram a aceitação da perseguição religiosa na Lei de cor Histórica, o envio da vice-presidenta Maria Teresa Fernández de la Vega à criação de três novos cardeais espanhóis, o retrocesso a denunciar os acordos com a Santa Sé, assim como a presença de uma delegação na beatificação dos 498 mártires.

"Isso não quer dizer que não se trate de uma fase tática", advertiu o irmão do Ex-diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Joaquín Navarro Valls; ao recordar o logo início da campanha eleitoral, por isso animou aos espanhóis a "não baixar o guarda" em um "momento de trânsito".

Nesse sentido, assinalou que ainda existe uma "discriminação chamativa e injusta" em matéria educativa, traduzida na denegação de concertos e perseguição de quem "se opõe à existência de uma educação com afã in-doutrinador".

Durante sua exposição, Navarro-Valls reafirmou a necessidade de que Estado e Igreja "recuperem suas essências" frente a modelos de relações nômades ou "ignoradas"; ou siameses ou "excessivamente unidos", por isso defendeu uma independência do Estado e liberdade religiosa para a Igreja, frente a "perversões" como o "fanatismo e o fundamentalismo ou o laicismo: política sem moral".

"Enquanto o mundo evolui para uma maior valoração do fato religioso, o Governo espanhol deu passo atrás na linha dos utópicos franceses tratando de relegar a religião às catacumbas sociais", expressou.