O diretor do Escritório em Roma de Vida Humana Internacional (VHI), Dom Ignacio Barreiro Carámbula, advertiu que se o Governo de Michelle Bachelet persiste em não respeitar o direito à objeção de consciência dos farmacêuticos que não querem vender a pílula do dia seguinte, as organizações pró-vida considerariam a possibilidade de promover medidas contra a economia do país, como um boicote aos produtos chilenos.

Em uma carta dirigida ao Embaixador do Chile ante a Santa Sé, Pablo Cabrera Gaete, o Prelado criticou a decisão das autoridades chilenas de aplicar "medidas opressivas" às redes de farmácias que se negam a comercializar o fármaco, como o estabelecimento de multas e a ameaça de fechar suas lojas.

Se seu Governo, assinalou, "não desistisse destas medidas opressivas dos direitos humanos mais fundamentais, como são o proteger a objeção de consciência frente a produtos que causam a morte, as organizações internacionais que se dedicam à defesa da vida da concepção até a morte natural, poderiam considerar a eventualidade de promover a aplicação de medidas que penalizariam fortemente à economia de seu país, como por exemplo o boicote de produtos chilenos".

Nesse sentido, Dom Barreiro recordou que muitas farmácias se negam a vender a pílula do dia seguinte porque, "como está amplamente demonstrado cientificamente, um dos efeitos que tem esta pílula é o de impedir a aninhação do recém concebido nas paredes uterinas, o que acarreta sua morte".

Por isso, depois de expressar "a profunda preocupação" do VHI pelo desconhecimento do fundamental direito humano à objeção de consciência, Dom Barreiro pediu ao diplomático comunicar "a maior brevidade a seu Governo o conteúdo desta missiva".