O Presidente e o Secretário Geral da Conferência Episcopal Chilena (CECH) saíram em defesa do "legítimo direito" dos farmacêuticos a exercer a objeção de consciência e não vender a chamada "pílula do dia seguinte".

Em diálogo com a imprensa, o Bispo de Rancagua e Presidente da CECH, Dom Alejandro Goic, referiu-se às sanções contra as farmácias que se negaram a vender o fármaco.  "Acredito que existe o legítimo direito de objeção de consciência e não se pode ser intolerante frente a uma consciência que não quer contribuir em uma dúvida científica que ainda existe a promover uma pílula que ainda pode ser abortiva", indicou o Bispo.

Do mesmo modo, reiterou que existem dúvidas científicas razoáveis sobre o levonorgestrel, principal componente da pílula do dia seguinte.

"Na hipótese, que é uma das duas hipótese atuais, que a pílula seja abortiva, não é terapêutica, simplesmente impede que se gere uma nova vida e se já se gerou a destrói. Ninguém pode me obrigar por lei que atue contra o que é minha consciência", indicou.

Por sua vez, Dom Cristián Contreras, Secretário Geral da CECH, considerou que "o tema é muito mais amplo que as sanções às farmácias. O tema manifestamos inumeráveis vezes: é o tema da vida, como abordamos o tema da vida. Nós vemos que quando há duvida a respeito da existência de um ser humano, temos que nos jogar sempre pela opção muito mais segura".

"Parece-me que é providencial o que disse o Papa Bento XVI em relação à liberdade de consciência que devem ter as pessoas quando se trata justamente de um fármaco que pode ter um efeito abortivo", adicionou.