A Rede de Instituições pela Vida e a Família do Chile divulgou esta sexta-feira um enérgico comunicado no que expressa seu apoio às cadeias de farmácias chilenas que não vendem a pílula abortiva, e que por este motivo foram multadas pelo governo.

"A Rede de instituições pela Vida e a Família apóia às Farmácias que não vendem a Pílula do Dia Seguinte, comercializada no Chile como POSTINOR, pois esta tem efeitos claramente abortivos", diz o comunicado.

"Terá que considerar que o Tribunal Constitucional tem uma resolução pendente e além disso há uma falha prévia, 2001, que estipula claramente que a pílula é ilegal porque o levonorgestrel (0,75mg), sua componente ativo, ‘impede a implantação no útero do óvulo já fecundado, ou seja do embrião’ (aborto), e portanto segundo disposições constitucionais o aborto é sancionado como delito, tanto no código penal como no sanitário", assinalou Ismini Anastassiou M., coordenadora Rede pela Vida e a Família.

"Portanto –adiciona o comunicado- a ação das Farmácias, que não comercializam a PDD, não fazem mais que cumprir com a legalidade vigente".

O texto da Rede adverte além que "no Chile se engana aos consumidores por não entregar a rotulação completa dos efeitos que pode provocar o produto (tal como o fazem em outros países aonde o aborto se legalizou), entre os que se incluem: aborto, trombose, não apto para menores pelos efeitos secundários, gravidez tubária, etc.".

Além disso, "passa-se por sobre a autoridade dos pais, pois este produto quer distribuir a menores de idade sem o consentimento dos procuradores".

As sanção às farmácias, acreditam os porta-vozes da organização pró família "atenta diretamente contra a objeção de consciência dos profissionais", e "contra a liberdade comercial, pois se está impondo um produto que não é necessário, urgente nem terapêutico para que circule no país".

"Há uma obsessão por promover a PDD e atuar contra a Vida que se contrapõe com o discurso da Presidenta, recentemente com o Papa. Pois ela enfatiza que está pela vida mas por Decreto obriga a que se venda a PDD e agora sanciona as Farmácias que respeitam a Constituição da República e as Sentenças Judiciais de nosso país", conclui o comunicado.