O Arcebispo de Caracas, Cardeal Jorge Urosa Savino, defendeu o conteúdo da exortação "Chamados a viver em liberdade", emitido pela Conferência Episcopal Venezuelana em que expressam sua oposição à reforma constitucional de Hugo Chávez, e indicou que as opiniões dos bispos sobre o acontecer nacional vão "na linha de quem quer servir ao povo" e não de quem busca o poder.

"Somos cidadãos venezuelanos com plenos direitos para intervir na vida do país, mas quando o fazemos não o fazemos como um partido político, não o fazemos com facção política; fazemo-lo, simplesmente, como bispos da Igreja, como construtores da paz, como pais e irmãos de todos. Intervimos não na linha de quem está procurando o poder mas sim na linha de quem quer servir ao povo", expressou o Cardeal.

O Arcebispo chamou os venezuelanos à unidade ao redor de Jesus Cristo, "superando as diferenças das distintas formas de pensar e simpatias políticas", e afirmou que o Episcopado está compacto e unido "ao serviço de todos os venezuelanos e sem facções políticas. Isso significa um dom de Deus para a Venezuela".

O Cardeal Urosa deu estas declarações logo depois de colocar a primeira pedra do que será o templo "O Natal do Senhor", junto ao Bispo Auxiliar de Caracas, Dom Nicolás Bermúdez, e o Pe. Antonio Abeijón Iglesias; no marco das festas solenes em honra à Virgem de Fátima.

Em sua exortação, os bispos advertem que o projeto de Reforma Constitucional do Presidente Hugo Chávez "vulnera os direitos fundamentais do sistema democrático e da pessoa, pondo em perigo a liberdade e a convivência social, consideramo-la moralmente inaceitável à luz da Doutrina Social da Igreja".