O Papa Bento XVI recebeu nesta sexta-feira no Vaticano a uma delegação da "Conferência Menonita Mundial", que em dia recente tinha manifestado o desejo de encontrar-se com o Papa e visitar alguns dicasterios da Santa Sé.

Esta é a primeira visita oficial a Roma da denominada "comunhão menonita", um grupo cristão de origem alemã que sustentam o pacifismo absoluto, e cujas comunidades crescem majoritariamente no mundo rural.

Devido a sua posição sobre o batismo –que devem aceitar só os adultos- os Menonitas foram duramente rechaçados por protestantes e católicos durante o Século XVI.

Os líderes da "Conferencia Menonita Mundial" aceitaram em 1986 e em 2002 o convite de João Paulo II para participar dos encontros pela paz de Assis.

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"No espírito ecumênico dos últimos tempos -disse o Santo Padre ao recebê-los- começamos a ter contatos uns com outros depois de séculos de isolamento.  Já que é Cristo mesmo quem nos chama para procurar a unidade dos cristãos, é justo e apropriado que menonitas e católicos tenham empreendido o diálogo para esclarecer os motivos do conflito que surgiu entre nós no século XVI. Compreendê-los é dar o primeiro passo para o restabelecimento".

O Papa destacou que os menonitas eram bem conhecidos por "seu decidido testemunho cristão da paz em nome do Evangelho". Por isso, "apesar dos séculos de divisão, o documento sobre o diálogo "Chamados juntos a serem pacificadores" há demonstrado  que compartilhamos muitas convicções. Ambos afirmamos que nosso trabalho em favor da paz está enraizado em Jesus Cristo", destacou o Santo Padre.

Católicos e menonitas, disse o Santo Padre, sabem que "a reconciliação, não a violência, e a pacificação pertencem ao coração do Evangelho". "Nossa continua  busca da unidade dos discípulos do Senhor é de extrema importância. Nosso testemunho será prejudicado até que o mundo nos veja divididos".

O Papa finalizou seu discurso auspiciando que esta visita "seja um passo mais para a compreensão mútua e a reconciliação".