Através de seu semanário 'Desde la Fe', a Arquidiocese do México destacou a necessidade de insistir no direito à liberdade religiosa que no México se encontra restringida pela existência de leis obsoletas que impedem de ter acesso aos meios e à educação.

O Semanário considerou como "insuficientes" os argumentos com que os legisladores do Distrito Federal rechaçaram a petição da Igreja Católica de reformar a Constituição em matéria religiosa, formulada com ocasião do 15º aniversário do restabelecimento de relações entre o país e o Vaticano.

O Arcebispado destacou como necessário que os legisladores sustentem "uma decidida reflexão e compromissos para que os cidadãos e os ministros de culto tenham uma verdadeira liberdade de expressão, de acordo com seus valores e princípios religiosos".

"Essa é a verdadeira liberdade religiosa em uma sociedade pluralista e moderna a que aspiramos todos", assinalou 'Desde la Fe'.

"A sabida resposta de nossos legisladores (ao tema de liberdade religiosa) não é suficiente", quando se argumenta simplesmente com raciocínios como que "somos um Estado laico" e que "a Igreja não deve intervir em política", para roubar à Igreja o direito à liberdade de expressão da que goza na quase totalidade de democracias modernas, assinalou o Semanário.

A publicação recordou além que a liberdade religiosa "implica contar com a possibilidade de expressar privada e publicamente as próprias convicções e ter o direito de normatizar a vida pessoal e as posturas políticas de acordo com estes princípios, sejam religiosos ou não".

'Desde la Fe' recordou também que na recente visita ao México do importante funcionário da Secretaria de Estado do Vaticano, Dom Dominique Mamberti, expressou a "realidade limitada e contraditória" que se vive no país em matéria de direitos humanos.