A agência Cubanet denunciou que as autoridades de Santa Clara proibiram uma paróquia local de entregar medicamentos e óculos gratuitamente à população local.

Há uma semana, o sacerdote encarregado da distribuição –e identificado apenas como  Fidêncio- teve que explicar às pessoas que vieram, como em toda a terça-feira, à Igreja A Pastora de Santa Clara para receber os medicamentos, a suspensão do serviço a partir de 1o  de junho.

O sacerdote recebeu uma insólita comunicação oficial na qual foi lembrado que Cuba é uma “potência médica” e que “na ilha não havia medicamentos em falta para que estivessem dando de presente alí, o que fazia com que o público se aglomerasse desnecessariamente”.

Segundo o sacerdote espanhol, uma funcionária de saúde pública disse que "em Cuba está sobrando remédio e estão proibidas as distribuições daqui para frente",  e lhe deram um prazo de até 30 de maio para acabarem com as doações.

A paróquia costumava distribuir os remédios e óculos doados por espanhóis e malteses, além de ser um dos canais de Cáritas Cuba para ajudar a população.

Todos as terças-feiras e sextas-feiras desde muito cedo, dezenas de pessoas chegavam à igreja para receber os medicamentos que não podem encontrar nas dispensas da Saúde pública e que o pessoal eclesial distribui de forma gratuita com a apresentação da receita médica.

Segundo Cubanet, a igreja A Pastora é conhecida por seus esforços a favor dos presos, idosos, doentes e necessitados. Os missionários costumam distribuir sabão, pacotes de sopa e tabletes de caldo, biscoitos e medicamentos.

Agora a igreja faz um anúncio com a seguinte indicação: "A partir de 1o  de junho estará suspensa a doação de medicamentos por não estar a  paróquia autorizada a realizar tal serviço".