O Presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz, Cardeal Renato Martino, precisou que ante as mudanças climáticas que se estão dando no mundo, embora temos que estar atentos, devemos dizer não ao catastrofismo do ambientalismo ideológico.

Depois de explicar que a Igreja promove a defesa da natureza, o Cardeal precisou que a Igreja também afirma a centralidade do homem na criação. Assim o indicou durante a apresentação em Roma do livro "Recurso Ambiente. Uma viagem na cultura do fazer", escrito pelo Ex-ministro do Meio ambiente, Altero Matteoli; e o jornalista Folco Quilici.

Em sua intervenção, o Cardeal assinalou que existem quatro correntes de pensamento que reduzem ao homem: o ambientalismo ideológico, que prega o catastrofismo e ao qual temos que dizer não; o biologismo, que gira ao redor das funções humanas como puros mecanismos biológicos; a teoria maltusiana, que vê na superpopulação a causa principal da degradação ecológica; e o naturalismo panteísta, que se apóia na Nova Era e intercambia o bem-estar psicológico pelo espiritual.

"De tudo o que escutamos na apresentação do livro vem o convite para não desanimarmos, já que as mudanças climáticas aparecem ciclicamente através dos séculos e das épocas. Então não devemos nem provocá-los nem detê-los, mas, naturalmente, o que nos toca é vigiar, estar atentos ao usar o meio ambiente razoavelmente", explicou o Cardeal.