O Presidente do CELAM, Dom Raymundo Damasceno Assis, afirmou que o Documento conclusivo da V Conferência Geral realizada em Aparecida, Brasil, foi entregue ao Papa "sem alterar o conteúdo de nenhum parágrafo do texto aprovado pela Assembléia", saindo assim ao passo de infundadas acusações de alguns grupos eclesiásticos.

Em uma nota explicativa intitulada "O Documento de Aparecida", Dom Damasceno explica que "depois de sua aprovação em Aparecida nos dia 31 de maio, o Documento Conclusivo foi entregue à Secretaria Geral do CELAM para a revisão usual neste tipo de documentos".

"Dom Stanovnik (Secretário Geral do CELAM nesse momento e atual Segundo Vice-presidente) dá testemunho de que ela consistiu em corrigir enguiços de digitação; enganos gramaticais, de ortografia e pontuação; em melhorar o estilo e em se localizar adequadamente vários parágrafos que estavam desconjurado, como também em homogeneizar a numeração dos parágrafos, dando a alguns uma letra como subdivisão de um número; em corrigir enganos nas citações ao pé de página, e em melhorar a redação confusa de algum número", prossegue o também Arcebispo de Aparecida.

"Esta revisão gramatical e estilística do Documento Conclusivo a realizou a Secretaria Geral –explica o Prelado brasileiro– sem alterar o conteúdo de nenhum parágrafo do texto aprovado pela Assembléia. Sua intenção e seu dever era respeitar integralmente dito texto, consciente, além disso, de não ter atribuição alguma para modificá-lo".

Dom Damasceno sinal também que "os Sínodos dos Bispos e as Conferências Gerais do Episcopado trabalham em comunhão com o Santo Padre: ‘cum petro et sub petro’ (com Pedro e sob Pedro). Por isso, entregam a ele suas conclusões de modo que o Papa as aprove ou autorize sua publicação. O Documento Conclusivo, conforme à prática habitual da Cúria Romana, foi distribuído aos diversos Dicasterios. Assim os Dicasterios podiam propor precisões que evitem ambigüidades, como também a citação de algum documento importante que trate a mesma matéria".

Depois de indicar que a revisão do Documento na Santa Sé fez "mais clara e mais precisa uma redação que foi concluída sob a pressão do tempo disponível", o Presidente do CELAM manifestou que esta "melhorou a leitura e a compreensão do texto, sem modificar seu sentido".

Quanto ao tema das comunidades eclesiásticas de base, o Presidente do CELAM precisa o modo em que os parágrafos referentes a elas foram incluídos no Documento conclusivo e como as acusações "feitas à Presidência anterior do CELAM, particularmente seu presidente e secretário, são gratuitas e injustas. É mais, são ofensivas e difamatórias".

Finalmente, o Arcebispo de Aparecida dá "graças a Deus", porque "quem estuda o Documento Conclusivo de Aparecida não reparam nos rumores difundidos, tão contrários ao espírito de comunhão da Assembléia. Acolhem-no com muita gratidão, como fruto de uma hora de graças de nossa Igreja na América Latina e no Caribe, como convite a rezar e a colaborar com o Espírito Santo, para que nossa Igreja discípula e missionária, experimente o fogo de Pentecostes e seja fonte de vida em Cristo para nossos povos".