O Presidente do Foro Espanhol da Família (FEF), Beningno Blanco, assinalou que a instituição que dirige irá ao Tribunal Constitucional e ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos se a administração negar o direito fundamental à objeção de consciência ante a controvertida disciplina de Educação para a Cidadania (EpC); e obriga às crianças a entrar nessas aulas, algo que "seria um delito".

Em conferência de imprensa, Blanco divulgou que sua organização tem 15 mil objeções contabilizadas apresentadas em toda a Espanha, das quais 1.700 se deram em Andaluzia, a cujo Conselho pediu que "não engane as famílias, porque ‘Educação para a Cidadania’ não trata só dos direitos humanos, a Constituição, as instituições democráticas e a participação social, como ocorre no resto de países europeus que têm esta disciplina, mas além disso pretende formar a consciência moral".

Quanto às cifras dadas ontem pela conselheira de Educação, Cândida Martínez, quem argüiu que as objeções só chegam a 68, o Presidente do FEF lamentou que "tem menos informação que nós, o qual é preocupante".

Blanco também destacou que a objeção de consciência pode exercer-se em defesa do pluralismo, a liberdade ideológica e religiosa; e a liberdade de educação e o direito das famílias a educar seus filhos segundo suas convicções morais, como estabelece a Constituição.