Dom Abelardo Mata, Presidente do Comitê para a Família da Conferência Episcopal da Nicarágua, condenou energicamente as propostas de alguns políticos do país para legalizar o mal chamado aborto terapêutico.

Em declarações à organização internacional Ajuda à Igreja Necessitada (AIN), o Prelado destacou que a Nicarágua não necessita do mal chamado "aborto terapêutico" para proteger os direitos das mulheres. Em sua opinião, o uso da palavra "terapêutico" foi uma má eleição, já que em realidade este aborto não cura nada mas na verdade é um crime contra a pessoa mais indefesa e inocente de todas: a criança não nascida.

O Prelado informou também que já foram apresentadas 290 mil assinaturas à Assembléia Nacional para opor-se a esta proposta de legalizar este tipo de infanticídio, o que demonstra que a maioria de nicaragüenses estão opostos a este tipo de assassinato. Além disso, a Igreja está também decididamente contra as óbvias tentativas (abortistas) para confundir à opinião pública", precisou.

Por outro lado, Carlos Polo, Diretor do Population Research Institute para a América Latina, indicou a AIN que esta não é a primeira vez que se usa o termo "aborto terapêutico" para minar o proteção legal dos nascituros. "Sabemos com precisão quais são as organizações internacionais que exercem pressão para assegurar que os nascituros não estejam já protegidos pela lei", denunciou.

Do mesmo modo, Polo explicou que esta estratégia é conhecida. Primeiro procuram legalizar exceções na norma e em seguida, através de uma regulamentação, fazem uso abusivo destas exceções, para poder assim "legalizar toda forma de aborto".

Para o Diretor do PRI para a América Latina, que as autoridades da Nicarágua tenham decidido proibir todo tipo de aborto, incluindo o mal chamado "terapêutico", "demonstrou sua dignidade e independência como nação".

Neste 13 de setembro uma comissão da Assembléia Nacional, em que descansa o Poder Legislativo da Nicarágua, discutirá se deve permitir o aborto em perigo de morte para a mãe.

O fundador da AIN, Pe. Werenfried van Straaten, insistiu uma e outra vez até sua morte, ocorrida em 2003, que se deve colocar um freio ao extermínio da vida dos que ainda não nasceram.