O diretor do escritório austríaco da associação Ajuda à Igreja Necessitada (AIN), Herbert Rechberger, afirmou que em sua próxima visita a Áustria, o Papa Bento XVI trará "um sopro de ar fresco" necessário ao país, onde, como no resto do Ocidente, a fé dos cristãos está sendo posta a prova pelo avanço do Islã e o secularismo.

"No Ocidente cristão temos uma obrigação. Devemos nos posicionar na sociedade e mostrar nossa presença. Hoje em dia, nossa fé está sendo posta a prova, especialmente pelo avanço do Islã e a secularização", assinalou Rechberger, quem também manifestou seu desejo de que a presença do Pontífice desperte a fé dos católicos austríacos, pois embora sejam muitos, "estamos um pouco adormecidos".

Nesse sentido, destacou que "muita gente escutará com grande atenção o que diga" Bento XVI, pois "estou bastante seguro de que o Papa falará sem rodeios" aos fiéis. Do mesmo modo, recordou a longa tradição austríaca de lealdade ao Pontífice e à Igreja; embora na atualidade hajam "poucos indícios disso em muitos círculos".

Por outro lado, explicou que AIN espera com grande expectativa a visita do Papa, dada a estreita relação entre a instituição e os pontífices. "Para nosso fundador, Pe. Werenfried van Straaten, a fidelidade ao Santo Padre foi fundamental desde o começo", recordou, e afirmou que assim segue sendo até o dia de hoje.

Rechberger acrescentou que Bento XVI tem boa relação com a associação desde que era Cardeal. Recordou que nesse então afirmou que AIN ajuda às pessoas a encontrar Jesus e que, portanto, está fazendo "o que mais necessita nosso mundo".

Por sua parte, o diácono Hans Himberger, voluntário da AIN na Áustria, recordou que ficou "fascinado" com o Cardeal Ratzinger. "Era como alguém eleito por Deus para converter-se em Papa", assinalou, e indicou que "em temas eclesiológicos e teológicos sempre foi muito claro". Himberger participará na próximo domingo em um encontro do Papa com voluntários eclesiásticos.