Logo depois de comparar as cifras de contribuição das nações européias às famílias com filhos, o Instituto de Política Familiar (IPF) assinalou que a Espanha se encontra atrás de seus pares do continente, e deve urgentemente incrementar o montante devotado a quem assegura o futuro populacional do país.

"As prestação atual por filho a cargo de 24,25 euros por mês para famílias com rendas inferiores a 9.328 euros ao ano é um insulto às famílias espanholas, já que, além de ser de uma quantia mínima e insuficiente, a imensa maioria das famílias com filhos, mais de 90% das famílias, não podem acessar a ela", assinalou Eduardo Hertfelder, Presidente do IPF

Segundo o IPF, as restrições de renda impostas atualmente são tão grandes que as famílias com ganhos brutos anuais superiores a 9.328,39 euros ao ano entre ambos os cônjuges, não podem acessar a tal prestação social.

Estes limites de renda são tão restritivos que provocam que de uma população de 8,3 milhões de filhos menores de 18 anos na Espanha, só podem acessar, pelas restrições impostas, apenas 10% deles.

"De fato -assinala Hertfelder-, uma família em que ambos os cônjuges tenham alguns ganhos equivalentes ao Salário mínimo Interprofissional não têm direito a esta prestação por filho".

"Esta situação é incongruente com o resto da Europa, já que enquanto na maioria dos países da Europa se decantam pela universalização da prestação por filho, Espanha é, junto com a Itália e Portugal, o único país da União Européia que não dá as ajudas universais".

O IPF denuncia também que o montante da prestação familiar por filho a cargo atual "é claramente insuficiente e esta muito afastada da média européia. Isso esta provocando uma injusta discriminação com respeito às famílias do resto dos países da UE.

A cifra, assinala o IPF está congelada desde o ano 2000, "o que provocou a perda de grande parte de seu escasso poder aquisitivo".

Na Espanha "não há razões que possam justificar que não se tome a decisão de universalizar a prestação por filho para 2008. Só a falta de vontade política de ajudar à família pode interpor-se nesta demanda das famílias espanholas", conclui Hertfelder.