Funcionários e políticos italianos acusaram setores "radicais e maçons" como os responsáveis pelas ameaças da Comissão Européia de investigar supostas "vantagens fiscais" da Igreja Católica na Itália.

A imprensa italiana recolheu as declarações de ministros e parlamentares nacionais que rechaçam a iniciativa da UE.

O Ministro da Infra-estrutura, Antonio Di Pietro, denunciou "uma instrumentalização política para pôr obstáculos àqueles que fazem o bem", e considerou que a União Européia "melhor faria em ocupar-se dos paraísos fiscais".

Por sua parte, o Ministro da Justiça, Clemente Mastella, assegurou que as suspeitas da Comissão Européia são apenas um "pretexto".

Ao mesmo tempo, o partido União dos Democratas Cristãos e de Centro (UDC) acusou círculos "radicais e maçons" em Bruxelas.

O Partido Força Itália, acusou implicitamente uma Ministra do governo de Romano Prodi, a ex-delegada européia Emma Bonino, uma das líderes do Partido Radical italiano, um partido pequeno de forte e reconhecida influência maçônica, de estar por trás das pesquisas da Comissão. À esquerda, encabeçada pelos Verdes, é a única que apóia totalmente a eventual investigação da Comissão.

O Presidente da Conferência Episcopal Italiana, Dom Angelo Bagnasco, recordou que a Igreja ajudou muita gente no passado e pediu para não cair em "prejuízos ideológicos".

Na Itália, a Igreja Católica goza em alguns casos de uma isenção do imposto cadastral, e uma redução de 50% da taxa sobre atividades empresariais nos setores da saúde e a educação.