A organização Anistia Internacional "disse definitivamente adeus aos católicos", assinalou esta semana o Bispo católico britânico Michael Evans, ao comentar a decisão da organização de converter-se em promotora do aborto a nível mundial, ao concluir na semana passada sua reunião na Cidade do México.

Ao concluiu sua reunião de coordenação na capital mexicana com um comunicado onde reafirma a decisão de deixar a posição neutra em relação ao aborto e converter-se, adiante, em promotora do "direito" ao aborto das mulheres nos países onde ainda o assassinato de nascituros é ilegal.

Dom Evans, Bispo de East Anglia na Inglaterra, e até agora um dos mais importantes líderes católicos membros de Anistia Internacional, assinalou em uma nota de imprensa que a decisão pró-abortista marca a ruptura definitiva com o espírito de seu fundador, o converso católico britânico de 46 anos Peter Benenson, que criou a organização com o apoio do Vaticano e com uma postura inicial pró-vida.

"Esta lamentável decisão quase com segurança dividirá os membros da Amnesty e em conseqüência escavará seu vital trabalho em favor dos torturados e os prisioneiros de consciência," adiciona o Prelado. "Entre todos os direitos humanos, o direito à vida é fundamental. O compromisso para trabalhar para ‘proteger o ser humano’ só se verá posto profundamente em risco por qualquer tipo de apoio ao aborto".

Dom Evans assinala também que a Igreja católica compartilha com a Amnesty um firme compromisso contra a violência contra a mulher, mas "não pode compartilhar a violência cometida pelo aborto contra a mais vulnerável e indefesa forma de vida humana no ventre de uma mulher".

No comunicado, o Prelado anuncia sua renúncia como membro há 31 anos à Amnesty e alenta aos católicos de seu país a expressarem à organização a mesma mensagem de rechaço a sua nova política. 

"Não existe direito humano ao aborto e Amnesty se manteve a margem inclusive nos casos que considera extremos", diz Dom Evans, quem conclui assinalando que sua renúncia à organização convertida em abortista não implica que deixará de lutar pessoalmente contra a tortura e a favor da liberdade dos prisioneiros de consciência no mundo.

Para expressar o rechaço à nova política abortista de Anistia Internacional visite sua seção de contato em espanhol e escolha a filial local que se deseje contatar:
http://web.amnesty.org/contacts/eslindex