MADRI, 31 de jul de 2007 às 00:03
O Secretário Geral da Conferência Episcopal Espanhola (CEE), Pe. Juan Antonio Martínez Camino, advertiu que "o que não ajude a manter e a incrementar esse espírito de compressão entre todos os espanhóis, pensemos como pensamos, há que pensar muito e há que atuar com muita prudência".
Estas declarações foram dadas durante a inauguração dos cursos de verão da Universidade Complutense de Madri, onde foi perguntado sobre o projeto de lei de Memória Histórica, impulsionado pelo PSOE no Congresso dos Deputados e que procura reescrever a história de um determinado ponto de vista.
"Fazer uma memória seletiva de nossa história pode não contribuir à paz, ao perdão e à reconciliação", assinalou o sacerdote, e recordou que esse foi o espírito sobre o que se apoiou a Transição espanhola e a Constituição de 1978.
Nesse sentido, convidou a ler a instrução pastoral "Orientações morais ante a situação atual da Espanha", publicada pela CEE em novembro passado e onde expressa sua preocupação "ante determinados projetos que reabrem velhas feridas".
Por outro lado, ao ser consultado sobre a matéria de Educação para a Cidadania, indicou que o objetivo da Igreja é "promover um diálogo social sério", pois a educação dos menores é um assunto que afeta toda a sociedade. "Se a Igreja falar nisto, fala a favor da liberdade, da democracia e dos direitos humanos fundamentais", afirmou.
O documento "Orientações morais ante a situação atual da Espanha", pode ser lido, em espanhol, em: http://www.conferenciaepiscopal.es/documentos/Conferencia/OrientacionesSituacionActual.htm