O Arcebispo de Tegucigalpa (Honduras), Cardeal Óscar Andrés Rodríguez Maradiaga, criticou que o Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, "sente-se como um deus e com direito a atropelar todas as demais pessoas" e lhe pediu abertura ao diálogo e para crítica pois "todos nós necessitamos de correção fraterna".

"O governante da Venezuela se sente como um deus e com direito a atropelar a todas as demais pessoas sob uma soberba que já se viu na história de outros ditadores, inclusive de alguns que chegaram a decretar a morte de Deus e depois de 20 anos desapareceram do mapa e hoje são recordados como tiranos", afirmou o Cardeal em El Salvador no marco de uma entrevista ao jornal local 'El Diario de Hoy'.

O Cardeal disse que "se não tiver um amigo que para que diga seus defeitos, então pague a um inimigo para que o faça" e assinalou pois "todos necessitamos de correção fraterna".

"Em meu trabalho pastoral –prosseguiu o Cardeal hondurenho– eu tenho um conselho presbiteral, mas eu não escolho àqueles que pensam como eu, porque então do que serve estar rodeado de aduladores que dizem à pessoa o que ela quer ouvir. Eu devo procurar gente que contraste comigo para encontrar a verdade'.

Na entrevista publicado pelo jornal salvadorenho, o Card. Rodríguez Maradiaga advertiu que a Venezuela "espera um grande sofrimento, porque sempre que se erige um governo totalitário quem perde é a liberdade das pessoas".