Em sua habitual carta semanal, o Arcebispo de Valência, Dom Agustín García-Gasco, destaca que "os que sustentam o absolutismo do Estado na educação se situam fora do contexto constitucional e contra os direitos fundamentais".

Sob o título "A Constituição com a Escola católica", o Arcebispo afirma que "em muitos lugares da Espanha, existe uma corrente de opinião que tenta estender o laicismo radical, com uma oposição especial à religião cristã" e "busca estender o relativismo e seu pensamento fragmentário de ‘populismo em oferta’ nas instituições da Igreja, incluídos os centros de ensino".

"Frente às opiniões dos laicistas radicais que ignoram os mandatos da Constituição, há que recordar que são eles os que se opõem ao espírito de concórdia da própria Constituição Espanhola", precisa.

Dom García-Gasco também recorda que a Igreja "foi durante séculos a grande instituição que impulsionou a educação, antes que os Estados criassem escolas e promovessem universidades", e em suas instituições educativas se refletiu sempre "sua preocupação por servir ao desenvolvimento da dignidade do ser humano, de seu crescimento pessoal e de seu desejo de conhecer a verdade".

Depois de assegurar que atualmente, as escolas e a universidade católicas contribuem de maneira eficaz a "a liberdade e ao pluralismo no sistema educativo e universitário", sublinha que os pais têm direito de que "seus filhos recebam formação religiosa e moral conforme a suas convicções, no marco de liberdade de ensino".

Trata-se de um direito proclamado pela Constituição Espanhola, em seu artigo 27, particulariza o Prelado e adiciona que "ninguém pode vulnerar nem minimizar a Constituição, pois os Governos de volta são os primeiros que devem defendê-la e fazer extensivos seus princípios".

Finalmente, sustenta que "a escola e a universidade católica estão a serviço da educação, não por privilégio ou concessão do Estado, mas sim para oferecer este tipo de formação católica aos que livremente queiram aceder a ela". Do mesmo modo, "a formação acadêmica que se recebe através das aulas de religião na escola estatal não é uma concessão do Estado, mas sim uma resposta ao direito que assiste aos pais de receber para seus filhos a formação conforme a suas próprias convicções religiosas e morais".