A presidente do grupo cívico pró vida "Dizei que Não", Catarina Almeida, anunciou que depois de entrar em vigor a lei que legaliza o aborto, os movimentos pró-vida se manifestarão frente aos centros de saúde para persuadir às mulheres que queiram abortar e expressar que existem alternativas a favor delas mesmas e das crianças que estão por nascer.

Conforme informou a agência Ecclesia, Almeida advertiu que esta lei trará muito dano ao país. "Não deixaremos de responder e de dizer que esta lei não serve aos interesses das mulheres e de seus filhos", assinalou e indicou que não se pode falar de uma "eleição livre" porque as mães não têm acesso a todos os elementos necessários para decidir adequadamente.

Do mesmo modo, esclareceu que os movimentos pró-vida não procuram substituir o Estado, mas sim verificar que às mães dêem alternativas ao aborto, algo que a nova lei não brinda.

"Entendemos que é nosso dever continuar informando às mulheres, defender a elas e a seus filhos", pois o Estado "não põe a disposição das mulheres as alternativas que existem em todo o país, de forma que possam levar adiante sua gravidez", expressou.

Em suas declarações, Almeida exigiu ao Governo tratar o tema do aborto "com a importância que merece", pois se promove esta prática em deterioro da natalidade e a maternidade.

Almeida recordou que nenhuma lei é vitalícia e por isso os movimentos pró-vida continuarão rechaçando-a através de "todos nossos instrumentos de apoio e promoção dos valores da vida e a defesa das mulheres".

A lei que legaliza o aborto entrou neste vigência no dia 15 de julho e, apesar de todas as tentativas do Governo por persuadir os médicos a praticá-lo, a maioria deles se negou amparados na objeção de consciência. Em alguns hospitais a porcentagem de médicos opostos ao aborto alcançou 80%.