O jornal Avvenire criticou que "não se incluiu nenhuma das obras de arte do cristianismo" entre os candidatos às Sete Maravilhas do Mundo e questionou se a iniciativa "está condicionada pela política ou pela influência dos meios de comunicação"

"É possível que em seus dois mil anos a grandiosa civilização cristã não esteja no nível para produzir ao menos uma ‘maravilha’?", pergunta o jornal e assinala que é "merecida" a nominação do Cristo Redentor no Corcovado do Rio de Janeiro (Brasil). Este "parece que entrou na final mais pelas pressões do Presidente Lula que por seu mérito artístico ou significado religioso".

"Sete maravilhas do mundo: para os cristãos não há lugar" se intitula a nota que sustenta que "parece que os organizadores do concurso planetário se empenharam em evitar qualquer objeto que faça uma propaganda católica" e afirma que "não se entende como entre os vinte e um candidatos que chegaram à última parte, figuram obras de muitas religiões: do Islã da espanhola Alhambra de Granada, a hindu do Taj Majal e o xintoísmo do templo japonês de Kyomizu e não se encontrou um lugar para o cristianismo".

A nota também manifesta que "tampouco entre os 77 candidatos iniciais ao título de 'maravilha do mundo' havia tantos candidatos do cristianismo, pois só figuravam a Sagrada Família de Barcelona e as catedrais do Aquisgrán, Santiago de Compostela, Colônia, Dresde, São Paulo de Londres, Mont-Saint-Michel, a basílica de São Pedro e a Capela Sistina de Michelangelo" e acrescenta que "objetivamente não é muito, sobre tudo considerando a contribuição do cristianismo à cultura e a civilização mundial".

Por sua parte, o Presidente das Comissões Pontifícia de Bens Culturais e Arqueologia Sagrada do Vaticano, Dom Mauro Piacenza, declarou para o jornal La Republicca que se trata de "uma exclusão inexplicável, surpreendente e suspeita"

As Novas Sete Maravilhas do Mundo serão escolhidas no dia 7 de julho em Lisboa (Portugal).