A Associação de Vítimas do Aborto (AVA) realizou um estudo entre mulheres na Espanha que se submeteram a um aborto e descobriu que, 8% tinham sido coagidas por seus maridos para submeter-se a esta prática anti-vida.

Outra das conclusões do estudo da AVA é que 72,9% da amostra de 824 mulheres foi pressionada pelo empregador ou empregadora. Carmen, equatoriana de 32 anos, que abortou em 2006 explica que "meu marido me abandonou e me disse que se não abortasse me mataria. Até o dia de hoje não posso encará-lo, meu estado de ânimo mudou muito".

O Estudo AVA confirma o famoso "Protocolo Comum para a Atuação Sanitária ante a Violência de Gênero", elaborado pelo ministério da Saúde em abril de 2007 onde se afirma que nas mulheres espanholas a gestação é um fator de risco para ser vítima da violência por parte de seus maridos.

AVA também explica que a Ministra da Saúde, Elena Salgado, reconheceu que "nenhuma mulher quer abortar" e que o aborto deve ser "a última opção", pois supõe um grande "dor pessoal" em toda mulher. "Além disso, a última publicação do CIS sobre abortos na Espanha (2007) descarta as dificuldades econômicas como motivo do aborto e assinala que este suporta ‘seqüelas físicas e psíquicas cujos custos recaem principalmente sobre a mulher’", explica a organização pró-vida.

"Por isso, no aniversário da legalização do aborto provocado na Espanha, AVA exige uma adequada detecção da coação e maus tratos a toda mulher grávida e faz um chamado à responsabilidade aos profissionais sanitários e sociais".

Em 2005, 92 mil mulheres se submeteram a um aborto na Espanha e em 2006, 100 mil foram as afetadas por esta prática anti-vida.

Para mais informação pode acessar: www.vozvictimas.org.