Na próximo domingo, 28 de outubro, serão beatificados 498 mártires espanhóis da perseguição religiosa na Espanha, entre os quais há 63 membros da Família Salesiana espanhola que provêm de duas causas de martírio distintas das Diocese de Madri e Sevilha, unificadas em 1985 como "Enrique Saiz Aparicio e 62 companheiros".

Entre os novos beatos salesianos há sacerdotes, jovens seminaristas e laicos. Destacam, entre outros, Teresa Cejuda, martirizada em Pozoblanco (Córdova); Federico Cobo, o mais jovem, martirizado em Porta de Ferro (Madri) aos 17 anos; o Pe. Félix Paco Escarpín, morto em Málaga aos 69 anos, o mais idoso; e Enrique Saiz Aparicio, diretor de aspirantes e que se ofereceu em troca dos moços aos quais dirigia: "Se quiserem sangue, aqui me têm, mas não façam mal aos moços", disse a seus captores. Pouco antes de sua morte disse: "Que melhor que morrer pela glória de Deus?".

O Provincial salesiano de Madri, Luis Manuel Moral afirmou que para eles a beatificação é "um motivo de alegria", pois "foram fiéis a sua vocação até o último momento de sua vida". "Além das circunstâncias políticas e sociais que rodearam sua morte, como todos os mártires ao longo da história da Igreja, os mártires salesianos testemunham o valor do amor e do perdão e o valor do único absoluto na vida que é Deus", acrescentou.

"Todos eles tinham algo em comum, tinham escolhido centrar sua vida em Deus e, quanto maiores foram as dificuldades e estava em perigo sua própria vida, decidiram não salvar a própria vida, mas sim oferecê-la pelo Reino", indicou o Provincial.

Como preparativos para a celebração, entre outras atividades, ficará à venda o livro "Os mártires salesianos de Madri, Sevilha, Bilbao e León", escrito pelo historiador salesiano Pablo Marín.