O Arcebispo de San Salvador, Dom Fernando Sáenz Lacalle, advogou por uma reforma migratória justa e chamou os senadores dos Estados Unidos a não esquecer que pertencem a "um país de migrantes e devem ter consideração para os migrantes atuais".

"No caso dos Estados Unidos, há que recordar que todos os que estão no Senado são imigrantes ou filhos de imigrantes", afirmou o Prelado ao término da Missa dominical.

Nesse sentido, recordou que "a Terra é uma Terra para ser habitada pela grande família humana; portanto, deve haver uma abertura para a migração, que entretanto deve estar regulada pelos diversos países; mas não para rechaçá-la, a não ser para canalizar esta necessidade de trabalho que a gente tem" e disse que a legislação deve levar em conta o principio geral de que todos somos irmãos e que deve haver uma ajuda considerável a quem precisa emigrar".

O Arcebispo também chamou os governos dos países de origem a esforçar-se em uma maior vigilância "com respeito a toda a criminalidade que pode dar-se" na fronteira com os Estados Unidos, vinculada ao narcotráfico e que prejudica a boa fama de muitos outros que só desejam trabalhar honestamente.

Dom Sáenz Lacalle agradeceu ao Presidente americano, George W. Bush, pelo esforço máximo que está fazendo para que se abrandem as condições e se permita a migração a mão de obra que deve estar, primeiro qualificada e, por outra parte, que deve ser respeitosa com as leis do Estado".

Por outro lado, recordou que as economias dos países de origem estão se beneficiando graças às remessas que os imigrantes enviam. Em 2006 El Salvador recebeu mais de 3.300 milhões de dólares em remessas.