Ante o fechamento do canal de televisão RCTV, a Conferência Episcopal Venezuelana (CEV), chamou o Governo de Hugo Chávez a respeitar os direitos constitucionais como a livre expressão e a propriedade privada, de uma vez que pediu aos venezuelanos abster-se de participar de atos violentos.

"Os direitos à manifestação pacífica, ao trabalho, a livre expressão do pensamento, à informação, à reunião, à propriedade privada e qualquer dos direitos da pessoa humana, não podem, sob nenhum aspecto, ser transgredidos", afirmou a CEV através de um texto lido por seu Secretário Geral, Dom Ramón Viloria.

O comunicado recordou que a Venezuela foi desde seus inícios um país de "homens e mulheres que amam a paz, que confiam na Providência divina" e que aceitam uns aos outros "mesmo que tenham diferenças ideológicas ou de outro tipo, que defendem seus direitos com valentia, mas sem violência e com respeito aos outros".

Nesse sentido, depois de expressar "uma palavra orientadora para promover a paz no país", o texto convidou aos venezuelanos a "implorar do Senhor da Misericórdia a capacidade de reconstruir a concórdia que sempre nos caracterizou".

O comunicado é emitido em meio das manifestações que se dão nas ruas de Caracas em protesto pelo fechamento do canal RCTV por parte do Governo de Hugo Chávez; quem agora último "advertiu" a outra cadeia televisiva, Globovisión, que será sancionada se segue "incitando ao magnicidio".

"Senhores da Globovisión, se vocês querem seguir chamando à desobediência, incitando ao magnicidio, vou advertir: tomem um calmante; se não, eu vou aplicar 'o mínimo' (a acalmá-los)", expressou.