Dec 23, 2025 / 16:07 pm
Bispos da Igreja no Estado da Flórida, nos EUA, pediram ao presidente Donald Trump, e ao governador do Estado, Ron DeSantis, que "suspendam as atividades de fiscalização da imigração no período natalino".
“Solicitamos que o governo suspenda as atividades de prisão e detenção no período natalino”, disseram ontem (22) os bispos. “Tal suspensão demonstraria uma consideração decente pela humanidade dessas famílias”.
“Não sejam o Grinch que roubou o Natal”, disse o arcebispo de Miami, Thomas Wenski, numa entrevista coletiva. “Deem às pessoas essas duas semanas para estar com suas famílias sem medo de ser presas ou detidas e acabarem em Alcatraz, em Krome ou em outros lugares aguardando deportação”.
Junto com Wenski, outros bispos, como o bispo de Palm Beach, Gerald Barbarito; o bispo de Venice, Frank Dewane; o bispo de Orlando, John Noonan; o bispo de St. Petersburg, Gregory Parkes; o bispo de Pensacola-Tallahassee, William Wack; o bispo de St. Augustine, Erik Pohlmeier, e o bispo auxiliar de Miami, Enrique Delgado, também participaram da emissão da declaração.
Suspender a aplicação da lei no período sagrado "pode diminuir a tensão entre os partidos políticos, aliviar o medo e a ansiedade presentes em muitas famílias imigrantes e até mesmo não-imigrantes e permitir que todos nós celebremos com maior alegria a chegada do Príncipe da Paz", escreveram eles.
“Agora não é hora de sermos insensíveis ao sofrimento causado pela aplicação das leis de imigração”, disseram os bispos. “Nossa nação é ricamente abençoada. Apesar dos desafios que enfrentamos, nós, americanos, desfrutamos de uma paz e prosperidade invejáveis para o mundo todo, possibilitadas por nossa ordem constitucional especial que protege nossas liberdades”.
'A remoção de criminosos perigosos foi alcançada em grande medida'
“A fronteira foi assegurada” e “o trabalho inicial de identificação e remoção de criminosos perigosos foi realizado em grande medida”, disseram os bispos. “Cerca de meio milhão de pessoas foram deportadas este ano e cerca de dois milhões se deportaram voluntariamente”.
As operações de prisão “inevitavelmente prendem um grande número de pessoas que não são criminosas, mas que estão aqui só para trabalhar”, e algumas têm “autorização legal para estar aqui”, escreveram os bispos. “Eventualmente, esses casos podem ser resolvidos, mas isso leva muitos meses, causando grande sofrimento às suas famílias. Uma crescente maioria dos americanos diz que as duras políticas de repressão estão indo longe demais”.
A organização de direitos humanos Anistia Internacional denunciou "tratamento cruel, desumano e degradante" nos centros de detenção da Flórida, Alligator Alcatraz e Krome North Service Processing Center.
Segundo a organização, há violações dos direitos humanos que, “em alguns casos, equivalem a tortura… num clima anti-imigração cada vez mais hostil na Flórida, sob o governo de Ron DeSantis, cuja administração intensificou a criminalização e a detenção em massa de migrantes”.
“Embora a aplicação da lei sempre faça parte de qualquer política de imigração, essa aplicação pode ser feita de modo que reconheça o devido processo legal, assim como a humanidade e a dignidade de todos os afetados, como aqueles que implementam essas políticas”, escreveram os bispos.
Nem a Casa Branca nem o gabinete de DeSantis responderam ao pedido de comentário da CNA, agência em inglês da EWTN, antes da publicação desta matéria.
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