5 de dezembro de 2025 Doar
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Comissão da Santa Sé rejeita diaconato feminino, embora sem julgamento definitivo

Basílica de São Pedro, Cidade do Vaticano. | Crédito: ACI Prensa.

A Santa Sé publicou hoje (4) um resumo do trabalho realizado pelas comissões que estudam a possibilidade de admissão de mulheres ao diaconato, apresentado ao papa Leão XIV pelo cardeal Giuseppe Petrocchi.

O presidente da Comissão para o Estudo do Diaconato Feminino, criada pelo papa Francisco, disse que — com sete votos a favor e um contra — a possibilidade de admissão de mulheres ao diaconato como grau do sacramento da Ordem está descartada.

Por enquanto não é possível “formular um julgamento definitivo, como no caso da ordenação sacerdotal”, disse o cardeal.

Investigação histórica das chamadas “diaconisas”

Esta segunda sessão de trabalho — depois da realizada em 2021 — foi concluída em fevereiro passado, e as conclusões foram apresentadas em 18 de setembro a Leão XIV, que ordenou sua publicação em 4 de dezembro.

Em um documento de sete páginas, o cardeal diz que, com base em pesquisas históricas, as comissões concordam que as chamadas “diaconisas” existiram na história da Igreja, mas com funções diferentes e não equivalentes ao diaconato masculino.

O cardeal Petrocchi diz que esta questão não pode ser resolvida apenas com dados históricos e que, em última instância, cabe ao magistério emitir um juízo doutrinal.

Participação Sinodal

O Sínodo da Sinodalidade permitiu que todos os interessados ​​apresentassem suas contribuições sobre o tema e a comissão examinou todo o material recebido. “Embora as contribuições recebidas fossem numerosas, as pessoas ou grupos que enviaram seus trabalhos eram apenas 22 e representavam poucos países”, disse o cardeal.

“Consequentemente, embora o material seja abundante e, em alguns casos, habilmente argumentado, não pode ser considerado como a voz do sínodo e muito menos do povo de Deus como um todo”, continuou.

A masculinidade de Cristo e daqueles que recebem a ordenação

Embora não haja consenso suficiente para admitir mulheres ao diaconato, as votações mostram posições divididas, com uma clara tendência à cautela a esse respeito.

Por um lado, aqueles que apoiam o diaconato feminino defendem “a condição de igualdade entre homem e mulher como imagem de Deus”, enquanto aqueles que se opõem a ele lembram que “a masculinidade de Cristo, e, portanto, a masculinidade daqueles que recebem a ordem, não é acidental, mas parte integrante da identidade sacramental, preservando a ordem divina da salvação em Cristo”.

Para os que se opõem, “alterar essa realidade não seria um simples ajuste do ministério, mas uma ruptura do significado nupcial da salvação”.

Apesar da falta de consenso em relação ao diaconato, há unanimidade quanto à necessidade de expandir os ministérios instituídos para as mulheres, aprofundando o “diaconato batismal” e promovendo maior corresponsabilidade feminina na vida da Igreja.

O cardeal Petrocchi conclui recomendando que o papa Leão XIV siga uma linha de prudência doutrinal em seu discernimento, bem como continue o estudo teológico do diaconato e, ao mesmo tempo, abra novos espaços ministeriais para as mulheres sem recorrer à ordenação sacramental.

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