16 de dezembro de 2025 Doar
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Santa Sé publica texto de Leão XIV: A comunhão é o antídoto para todo extremismo

Papa Leão XIV. | Daniel Ibáñez/EWTN

A Libreria Editrice Vaticana, editora da Santa Sé, lançou ontem(20) um livro do papa Leão XIV intitulado “O Poder do Evangelho: A Fé Cristã em Dez Palavras”, uma compilação de discursos e pronunciamentos do papa com um texto inédito no qual ele exorta os fiéis a sonhar com uma “humanidade reconciliada, pacífica e harmoniosa”.

Leão XIV diz que a fé “une para além das nossas personalidades, das nossas origens culturais e geográficas, da nossa língua e da nossa história” e apresenta a Igreja como “uma pluralidade que tende para a unidade e que não cai na desordem da confusão”.

No mundo de hoje, "marcado por tantas guerras", o papa pede aos cristãos "que sejam testemunhas dessa concórdia, dessa fraternidade, dessa proximidade".

“Precisamos encarar o mundo de frente: não podemos continuar tolerando injustiças estruturais em que aqueles que têm mais recebem mais, e aqueles que têm menos se tornam cada vez mais pobres”, diz ele.

Leão XIV fala sobre o risco de que o ódio e a violência causem “a disseminação da miséria entre os povos”.

“A paz não é fruto da opressão ou da violência; não está relacionada ao ódio ou à vingança”, diz o papa, depois de dizer que os santos ensinaram que “só a bondade desarma a perfídia e que a não-violência pode aniquilar a opressão”.

“Precisamente o desejo de comunhão, o reconhecimento mútuo como irmãos, é o antídoto para todo extremismo”, diz ele.

“Não estamos condenados a viver em conflito perpétuo”

Para o papa, esse modelo de fraternidade pode ser replicado em outras áreas. Ele diz que a Igreja, “lar de povos diversos, pode se tornar um sinal de que não estamos condenados a viver em conflito perpétuo” e pode “encarnar o sonho de uma humanidade reconciliada, pacífica e harmoniosa”.

“É um sonho que tem fundamento: Jesus, sua oração ao Pai pela unidade do seu povo”, escreve Leão XIV. “E se Jesus orou ao Pai, com mais razão ainda devemos pedir-lhe que nos conceda o dom de um mundo em paz”.

O papa reafirma a centralidade de Cristo e diz que a fé não tem nada a ver com "o esforço titânico para alcançar um Deus sobrenatural", mas com a descoberta de que "o rosto de Deus não está longe do nosso coração".

Leão XIV diz que toda a existência de Cristo foi marcada pela "vontade" de ser uma ponte.

“A Igreja é essa comunhão de Cristo que continua na história”, diz ele recorrendo à imagem metafórica de um jardim que santo Agostinho usava para ilustrar a beleza de uma comunidade de fiéis. “É uma comunidade que vive a diversidade na unidade”.

O papa cita no texto as palavras de Christian de Chergé, prior do mosteiro de Tibhirine, Argélia, que foi sequestrado por terroristas islâmicos em março de 1996 e executado dois meses depois. Ele foi beatificado junto com outros 18 religiosos e religiosas mártires.

“Falando daqueles que invadiram violentamente o mosteiro, ele escreveu: Tenho o direito de pedir: desarmai-vos, se não começar por pedir: desarmem-me e desarmem-nos, como comunidade? Essa é a minha oração diária”, diz o papa, que diz que naquela terra do norte da África, cerca de 1,6 mil anos antes, santo Agostinho disse: “Vivamos bem e os tempos serão bons. Nós somos os tempos”.

“Podemos moldar o nosso próprio tempo, através do nosso testemunho, através da oração ao Espírito Santo, para que Ele nos transforme em homens e mulheres que difundam a paz, abraçando a graça de Cristo e espalhando a fragrância da Sua caridade e misericórdia por todo o mundo”, diz o papa.

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