6 de dezembro de 2025 Doar
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Tensão política marca canonização dos primeiros santos da Venezuela

Venezuelanos celebram os dois novos santos de seu país em cerimônia de canonização no último domingo (19), na praça de São Pedro, no Vaticano. | Daniel Ibáñez/EWTN

Tensões políticas nacionais dividiram os venezuelanos que estiveram em Roma para a canonização dos dois primeiros santos do país, José Gregorio Hernández e madre Carmen Rendiles Martínez no domingo (19).

Uma delegação do governo venezuelano encabeçada por Carmen Meléndez, prefeita de Caracas, e centenas de peregrinos do país latino-americano estavam entre as 70 mil pessoas que compareceram à canonização celebrada pelo papa Leão XIV na praça de São Pedro, no Vaticano.

No fim de semana, ativistas ligados ao movimento político de oposição Vente Venezuela, liderado pela vencedora do Prêmio Nobel da Paz 2025, María Corina Machado, divulgaram publicações na rede social Instagram destacando sua causa para libertar centenas de homens e mulheres que são presos políticos.

Os ativistas levavam cartazes com fotos de homens e mulheres detidos pelo governo de Maduro com o slogan "Libertem todos os presos políticos" num protesto no último sábado (18) na Piazza del Risorgimento, uma praça perto do Vaticano, e na cerimônia de canonização feita no último domingo (19) na praça de São Pedro.

Na semana passada houve uma discussão pública entre Edgar Beltrán, jornalista venezuelano que cobre a Santa Sé, e o empresário venezuelano Ricardo Cisneros, membro da delegação do governo venezuelano presente na canonização, num evento na Universidade Lateranense de Roma para homenagear os dois novos santos.

No evento de 17 de outubro, a entrevista de Beltrán com o substituto da Secretaria de Estado da Santa Sé, Edgar Peña Parra, foi interrompida por Cisneros depois que Beltrán fez uma pergunta a Parra sobre a "aparente politização" das canonizações pelo governo Maduro, segundo o meio de comunicação católico The Pillar.

Medidas antidemocráticas e violações de direitos humanos na Venezuela continuam a atrair cada vez mais atenção internacional, principalmente desde janeiro, quando Maduro tomou posse para um terceiro mandato depois de resultados contestados de eleições presidenciais. Maduro nunca publicou os dados da eleição que ele diz ter vencido.

No início do mês, a líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, recebeu o Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho na “promoção dos direitos democráticos para o povo da Venezuela” e por “sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”.

Ontem (20), o secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, numa missa de ação de graças pelos dois santos celebrada na basílica de São Pedro, no Vaticano, pediu aos venezuelanos que respeitem os direitos humanos e “criem espaços de encontro e coexistência democrática”.

“Só assim, querida Venezuela, você poderá responder ao seu chamado pela paz, se a construir sobre os alicerces da justiça, da verdade, da liberdade e do amor”, disse o ontem cardeal em sua homilia.

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