5 de dezembro de 2025 Doar
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Prevenir abusos é condição para que o Evangelho seja credível, diz Santa Sé

O presidente da Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores, Thibault Verny. | Daniel Ibáñez/EWTN

O presidente da Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores, Thibault Verny, disse que prevenir abusos dentro da Igreja é a principal condição para que o Evangelho "seja credível".

“A proteção é, de fato, a conditio sine qua non [condição indispensável] para que o Evangelho seja ouvido e seja credível”, disse Verny, arcebispo de Chambéry-Saint-Jean de Maurienne-Tarentaise, França em entrevista coletiva no Vaticano na qual foi apresentado o segundo relatório anual, que examina o trabalho feito no ano passado e também se baseia em entrevistas com vítimas de abuso.

Verny, que preside a organização criada pelo papa Francisco em 2014 desde julho, disse que a prevenção dos abusos "reside no chamado irrevogável de caminhar não só com as vítimas e sobreviventes de abusos, mas também com eles, no árduo trabalho de conversão institucional".

Entre outras recomendações, o relatório divulgado ontem (16) destaca "a importância de um protocolo simplificado para a renúncia ou remoção de líderes ou funcionários da Igreja em casos de abuso ou negligência".

Em 12 de setembro, Verny apresentou esse relatório ao papa Leão XIV.

"Passei a entender a nossa missão não só como crucial, mas também como uma peregrinação permanente", disse o atual presidente da Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores.

Verny exortou à “encarnação do Evangelho em ações concretas”, o que implica “priorizar a fé, a caridade e a justiça em todas as iniciativas de proteção”. Por isso, exortou à “promoção da paz e do bem comum através de estruturas eclesiais transparentes; e à garantia de que a voz profética dos sobreviventes permaneça central para a nossa conversão coletiva”.

Ele disse que só "quando os procedimentos canônicos são incorporados às realidades locais, quando as políticas são traduzidas em vigilância constante no nível paroquial e em formação em seminários e casas religiosas, é que um autêntico caminho de vida pode ser forjado".

Por fim, Verny disse que o relatório anual deve ser uma "ferramenta" que acompanhe a missão de proteção da Igreja ano a ano. "Queremos apoiar as autoridades eclesiásticas em sua missão, fortalecendo os meios de proteção e promovendo padrões comuns a todas as culturas", concluiu o arcebispo.

O documento, que apresenta as conclusões e recomendações para o período de referência de 2024, enfatiza que a resposta da Igreja ao "flagelo dos abusos sexuais" deve estar em consonância com o apelo constante do papa argentino à conversão contínua.

Leão XIV também expressou "seu profundo compromisso", segundo o bispo auxiliar de Bogotá, Colômbia, Luis Manuel Alí Herrera, vice-presidente da Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores.

A jurista Maud de Boer disse na entrevista coletiva que ouvir as vítimas "é o primeiro passo para alcançar uma Igreja mais segura para nossas crianças", pois elas "querem se sentir ouvidas e validadas em suas experiências".

Ela disse também que o estudo mostrou que a Igreja deve "expandir sua compreensão da reparação além da compensação financeira para avançar em direção à verdadeira cura e justiça".

 

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