5 de dezembro de 2025 Doar
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Promotor de Utah pede pena de morte para acusado do assassinato de Charlie Kirk

Charlie Kirk, fundador da Turning Point USA e um cristão evangélico declarado, morto na última quarta-feira (10), discursa em evento no Estado do Texas, EUA, em 2018. | Carrington Tatum/Shutterstock

O promotor do Condado de Utah, Jeff Gray, anunciou que vai pedir a pena de morte para Tyler Robinson, acusado de assassinar o ativista cristão conservador Charlie Kirk.

"Estou protocolando uma notificação de intenção de buscar a pena de morte", disse Gray em uma entrevista coletiva na terça-feira (16). "Não tomo essa decisão de forma leviana e é uma decisão que tomei de forma independente como promotor, baseada exclusivamente nas evidências disponíveis, nas circunstâncias e na natureza do crime".

Robinson enfrenta sete acusações, a mais grave das quais é homicídio qualificado. A lei de Utah prevê duas formas de homicídio doloso, aquele com intenção de matar. O crime de “assassinato” (murder) pode acarretar uma pena máxima de prisão perpétua. O crime de “assassinato agravado” (aggravated murder) pode levar à pena de morte. Os agravantes do caso, segundo a promotoria, são que Robinson colocou em perigo as 3 mil pessoas presentes campus da universidade onde ocorreu o crime, e que cometeu o crime na presença de menor.

Robinson também enfrenta uma acusação agravada de ter matado Kirk por sua "expressão política".

Motivação política e investigação em andamento

Depois de Kirk ser baleado e morto, Robinson teria enviado uma mensagem de texto a Lance Twiggs, seu parceiro que passou por redesignação sexual, com quem morava: "olhe debaixo do meu teclado". Nesse momento, Twiggs teria encontrado um bilhete que dizia: "Tive a oportunidade de matar Charlie Kirk e vou aproveitar", segundo os documentos da acusação.

Quando Twiggs perguntou a Robinson por que ele fez isso, ele teria respondido: “Cansei do ódio dele” e “há ódios que não se negociam”.

O documento de acusação alega que a mãe de Robinson disse que o filho se tornou mais politizado "no último ano mais ou menos” inclinando-se “mais à esquerda — tornando-se mais pró-direitos trans”.

Quando os pais de Robinson suspeitaram que ele fosse o autor do ataque e o confrontaram, ele teria dito que fez isso porque “há maldade demais e [Kirk] espalha muito ódio”.

Os cartuchos de bala encontrados junto com o rifle supostamente usado no ataque continham mensagens gravadas, incluindo: "Ei, fascista! Pega essa!" e trechos da música antifascista "Bella Ciao".

Robinson está exercendo seu direito de permanecer em silêncio e não responder às perguntas dos investigadores. Segundo autoridades, Twiggs e a família de Robinson estão cooperando com a polícia.

Kirk foi baleado enquanto respondia à pergunta de um membro da plateia sobre transgêneros e violência armada. Kirk criticava há muito tempo a ideologia de gênero, a inclusão de homens em esportes femininos e cirurgias de redesignação sexual em menores.

Ideologia de gênero é a militância política baseada na teoria de que a sexualidade humana independe do sexo e se manifesta em gêneros muito mais variados do que homem e mulher.

A ideia contraria a Escritura e a doutrina da Igreja. O livro do Gênesis 1, 27 ensina que “Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou. Homem e mulher Ele os criou”, na tradução oficial da CNBB.

O Catecismo da Igreja Católica diz, no número 369: “O homem e a mulher foram criados, quer dizer, foram queridos por Deus: em perfeita igualdade enquanto pessoas humanas, por um lado; mas, por outro, no seu respectivo ser de homem e de mulher. «Ser homem», «ser mulher» é uma realidade boa e querida por Deus: o homem e a mulher têm uma dignidade inamissível e que lhes vem imediatamente de Deus, seu Criador. O homem e a mulher são, com uma mesma dignidade, «à imagem de Deus». No seu «ser homem» e no seu «ser mulher», refletem a sabedoria e a bondade do Criador.

Kirk apoiou uma iniciativa legal para proibir pessoas que se identificam com o sexo oposto de terem armas de fogo depois que uma pessoa assim matou duas crianças e feriu mais de 20 pessoas na igreja católica da Anunciação, em Minneapolis, no mês passado.

O diretor do FBI, Kash Patel, disse em uma audiência no Senado na terça-feira (18) que os investigadores estão revisando as comunicações de Robinson, incluindo conversas em grupo no aplicativo Discord.

O senador Josh Hawley, republicano do Missouri, perguntou a Patel na terça-feira se o FBI está investigando uma "rede mais ampla" que poderia ter conhecimento prévio do ataque, como "cúmplices" ou pessoas que podem tê-lo "encorajado".

Patel respondeu que o FBI "investigará todos e cada um dos envolvidos naquele chat do Discord". A investigação está examinando "muito mais de 20 pessoas", acrescentou. Depois, o senador republicano John Kennedy, da Louisiana, perguntou a Patel se "outros poderiam estar envolvidos" no assassinato, ao que Patel respondeu "sim".

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