Aug 28, 2025 / 14:58 pm
Nossa Senhora dos Prazeres, padroeira de Maceió, foi celebrada ontem (27) por milhares de fiéis com uma procissão de 20 quilômetros com a imagem da santa e uma missa solene celebrada pelo arcebispo de Maceió, dom Carlos Alberto Breis.
A procissão com a imagem de Nossa Senhora dos Prazeres começou às 16h na catedral de Maceió.
“Maria é a mulher da alegria, dos prazeres, mas daquele prazer, aquela alegria alicerçada na certeza de que nós somos amados por Deus e que nada, nada, absolutamente nada, nem ninguém pode nos apartar, nos separar desse amor de Deus que se manifesta plena e definitivamente naquele que se fez criatura, sendo criador, se fez criatura no seio de Maria”, disse dom Breis em sua homilia.
O arcebispo destacou que são Lucas, “no seu Evangelho, faz uma espécie de trocadilho, porque charis em grego, graça em português”, quer “dizer também alegria”.
“Então o anjo disse: 'Alegra-te, cheia de alegria'. Saúda, Maria, como a mulher da graça, da alegria. De fato, Maria tem uma alegria extraordinária no campo da graça de Deus, única em toda a história que poderia se dirigir ao filho de Deus dizendo: ‘Meu filho’. A graça do Pai, a graça de Deus Pai, fez com que ela se igualasse a Ele diante do mistério do Cristo”, disse dom Breis.
Nossa Senhora dos Prazeres
“Nossa Senhora dos Prazeres é um título dado à Nossa Senhora, também conhecida como Nossa Senhora da Alegria”, segundo a arquidiocese de Maceió. Essa honraria, “remete a sete passagens bíblicas que relatam as sete alegrias de Maria” que “são contempladas na devoção mariana Coroa Franciscana” ou Coroa das Sete Alegrias: a Anunciação, a Visitação, o Nascimento de Jesus, a Adoração dos magos, a Apresentação no templo, a Ressurreição de Jesus e a Assunção e Coroação de Maria.
Segundo o historiador Álvaro Queiroz, diácono permanente de Maceió, a devoção à Nossa Senhora dos Prazeres tem origem em Portugal, no final do século XVI. Em Maceió, essa devoção iniciou “no século XVIII, entre 1720 a 1730”, período “da fundação” da capela “do Engenho Massayó”, onde “hoje é a catedral” de Maceió, mas “foi se tornando forte a partir da segunda metade do século XVIII”, quando ela foi trazida “dos montes Guararapes, em Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco” para “o Sul, região de Alagoas, que pertencia ainda à capitania de Pernambuco”.
Com o crescimento da população, Maceió, que era “então uma vila”, “se tornou cidade e capital da Província de Alagoas”, segundo a arquidiocese. Com isso, os devotos de Nossa Senhora dos Prazeres fizeram uma petição à dom João VI pedindo a criação da paróquia em honra à santa. Em 5 de julho de 1819, por decreto de dom João VI, a paróquia Nossa Senhora dos Prazeres em Maceió foi criada.
Em 1859, a paróquia foi inaugurada em uma missa solene que contou com a presença de dom Pedro II. Neste mesmo ano, a Igreja também recebeu uma imagem de Nossa Senhora dos Prazeres do Barão de Atalaia. Em 13 de fevereiro de 1920, a então diocese de Alagoas foi elevada à arquidiocese de Maceió e assim, a paróquia Nossa Senhora dos Prazeres passou a ser também catedral de Maceió.
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