Aug 22, 2025 / 16:05 pm
A maioria das pessoas pensa em são Maximiliano Kolbe como o mártir heroico que ofereceu sua vida no campo de extermínio nazista de Auschwitz, Polônia, em troca de outro prisioneiro, aceitando morrer de inanição. No entanto, há pelo menos três momentos importantes e menos conhecidos de sua história.
1. Ele distribuiu a Medalha Milagrosa em resposta ao avanço da maçonaria no Vaticano
O primeiro evento foi o bicentenário da maçonaria. Na celebração, "o Vaticano foi cercado por milhares de pessoas carregando faixas representando Satanás destronando são Miguel Arcanjo e a inscrição: Satanás deve reinar no Vaticano e o papa será seu servo".
O que um estudante universitário que se preparava para se tornar franciscano poderia fazer? Kolbe pediu permissão ao seu reitor para fundar a Milícia da Imaculada. Profundamente influenciado pelas aparições de Nossa Senhora a santa Catarina Labouré, ele confiou aos seus membros a distribuição da Medalha Milagrosa, que Nossa Senhora havia prometido que traria graças de conversão.
Kolbe disse: “Distribuam a medalha dela onde puderem: às crianças, para que a usem sempre no pescoço; aos idosos, e especialmente aos jovens, para que sob sua proteção tenham força contra as tentações do nosso tempo; aos que não vão à igreja, aos que temem a confissão, aos que zombam da fé ou se encontram em heresia. A medalha deve ser oferecida a todos... peçam-lhes que a usem e implorem fervorosamente à Imaculada Conceição por sua conversão”.
2. Ele promoveu um jornal que, em vez de atacar o comunismo, proclamava o Evangelho
O segundo grande evento foi o "Milagre no Vístula", quando o exército bolchevique foi repelido por forças muito menos numerosas de poloneses em Varsóvia, em agosto de 1920. Essa experiência ajudou o padre Kolbe a compreender que "para a Europa cristã, o comunismo era uma ameaça tão séria, ou até maior, quanto a maçonaria".
Por meio dos mosteiros que fundou na Polônia, Kolbe promoveu um jornal de preço acessível voltado para um público pobre e em grande parte analfabeto, para quem o material impresso era um luxo. Sua publicação, O Cavaleiro da Imaculada Conceição, não atacava diretamente o comunismo, mas apresentava uma visão diferente: a do Evangelho de Jesus Cristo.
“O coração humano é grande demais para ser preenchido com dinheiro, sensualidade ou a névoa enganosa da fama”, escreveu ele. “Ele anseia por um bem maior, imenso e eterno, e esse bem só pode ser Deus”.
A primeira edição vendeu 70 mil exemplares. Depois, uma edição japonesa ganharia particular importância depois do lançamento de uma bomba atômica em Nagasaki, Japão, em 1945.
Kolbe até planejou fundar a primeira estação de rádio católica e lançar um canal de televisão.
3. Seu martírio foi o ápice de uma vida inteira vivida em virtude heroica
Esses projetos foram interrompidos pelo terceiro e mais famoso evento de sua vida: a Segunda Guerra Mundial. No conflito, seis milhões de poloneses foram mortos e 3,5 mil foram deslocados. Kolbe ajudou os necessitados com alimentos e ajuda humanitária, e conseguiu publicar um último número de seu jornal.
Nele, Kolbe escreveu: “A felicidade fundada em mentiras não pode perdurar, assim como as próprias mentiras não podem perdurar. Só a verdade pode ser, e é, o fundamento inabalável da felicidade do homem e de toda a humanidade”.
Esse testemunho da verdade foi provavelmente o que levou à sua prisão e deportação para vários campos de concentração, junto com outros 100 mil prisioneiros. Em Auschwitz, ele ofereceu a vida por um pai condenado à morte. O impacto de seu ato sobre os outros prisioneiros, e sobre aqueles que mais tarde conheceram sua história, foi incalculável e continua a repercutir em todo o mundo.
Ao canonizá-lo, o papa são João Paulo II disse: “Nesse lugar de terrível sofrimento, o padre Maximiliano Kolbe obteve uma vitória espiritual semelhante à de Cristo, entregando-se voluntariamente para morrer no bunker da fome pelo seu irmão”.
No entanto, o papa polonês o canonizou não só por esse sacrifício heroico, mas porque Kolbe viveu toda a sua vida com virtude heroica. Sua morte voluntária em Auschwitz foi o ápice de uma vida de dedicação e fidelidade à Imaculada Conceição, que sempre o levou a cumprir a vontade de Deus.
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