5 de dezembro de 2025 Doar
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Tribunal suspende venda de local de culto indígena defendido por grupos católicos nos EUA

Nativos americanos nos EUA. | Foto cortesia de Becket

Um local protegido pelo governo federal dos EUA no Estado do Arizona, que tem sido palco de rituais religiosos de nativos americanos por séculos, está temporariamente proibido de ser vendido a uma empresa de mineração de cobre.

Um tribunal de segunda instância dos EUA decidiu na última segunda-feira (18), que o terreno de Oak Flat, no condado de Pinal, não seria transferido para a mineradora britânico-australiana Resolution Copper enquanto a Justiça federal analisa ações contra a venda. A transferência estava marcada para a última terça-feira (19).

O painel de três juízes disse que "não tomou posição sobre o mérito das moções" para suspender a venda. As alegações do caso serão apresentadas a partir de 8 de setembro, segundo a decisão.

O terreno de Oak Flat, com cerca de 18 km², na Floresta Nacional de Tonto, é usado pelos apaches e outros grupos nativos americanos há centenas de anos para rituais.

O esforço de anos para impedir a venda, liderado pelo grupo de coalizão Apache Stronghold, recebeu apoio de uma ampla faixa de defensores da liberdade religiosa, como a Conferência dos Bispos Católicos dos EUA (USCCB, na sigla em inglês) e a organização de leigos católicos Cavaleiros de Colombo, que disseram que a lei federal de liberdade religiosa proíbe a venda do local para a empresa de mineração.

Por décadas, o governo federal dos EUA protegeu a área do desenvolvimento, mas, em 2014, o governo Obama iniciou o processo de transferência da terra para a Resolution Copper.

Em maio deste ano, a Suprema Corte dos EUA recusou-se a ouvir um recurso da Apache Stronghold referente à transferência. A Corte Suprema dos Estados Unidos tem a prerrogativa de escolher quais casos vai ou não julgar.

Neil Gorsuch, um dos juízes da Suprema Cortem argumentou na época que a Suprema Corte "deveria pelo menos ter se dado ao trabalho de ouvir o caso" antes de "permitir que o governo destruísse o local sagrado dos Apaches".

Maria Dadgar, diretora executiva da Associação Intertribal do Arizona, disse ao jornal Arizona Republic depois da decisão da última segunda-feira que grupos nativos americanos "estão nessas terras agora chamadas Arizona desde tempos imemoriais".

“Estamos esperançosos com as notícias do Tribunal de Apelações do Nono Circuito e acolhemos com satisfação a oportunidade de defender nossa causa pela proteção contínua de Oak Flat”, disse ela.

Wendsler Nosie, fundador da Apache Stronghold, disse à CNA na última terça-feira que o grupo estava "profundamente grato" pelo bloqueio do tribunal de apelações.

“Essa decisão é um passo vital para proteger nossa essência espiritual e tradições religiosas da destruição”, disse ele. “Embora a luta esteja longe de terminar, essa decisão nos dá esperança e tempo para continuar nossa batalha nos tribunais e persuadir o governo Trump a proteger Oak Flat como um lugar sagrado para as gerações futuras”.

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