5 de dezembro de 2025 Doar
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Jesus veio trazer o “fogo do amor” para queimar no mundo, diz Leão XIV

Papa Leão XIV cumprimenta refugiada acolhida pela diocese italiana de Albano. | Vatican Media

O papa Leão XIV celebrou a missa hoje (17) na cidade de Albano, Itália, com pobres, refugiados, padres e funcionários da Cáritas, dizendo-lhes que quando Cristo diz que "veio lançar fogo sobre a terra", Ele está se referindo ao "fogo do amor", que se opõe à indiferença e à prepotência.

O papa, que atualmente está em Castel Gandolfo, foi ao santuário de Santa Maria della Rotonda, em Albano, na manhã de hoje, para celebrar a missa com pobres assistidos pela diocese e com agentes da Cáritas diocesana.

O Vatican News, serviço oficial de informações da Santa Sé, disse que "cerca de 250 pessoas — incluindo padres, paroquianos, funcionários da Cáritas, pobres, refugiados de abrigos, moradores de rua e participantes dos Centros de Escuta da diocese — compareceram à celebração eucarística dentro da igreja. Do lado de fora, cerca de 2 mil pessoas acompanharam a missa num telão gigante.

Em sua homilia , Leão XIV falou sobre o Evangelho do dia, no qual Cristo diz: “Eu vim lançar fogo sobre a terra; e como gostaria que ele já se tivesse ateado!” (cf. Lc 12, 49).

O papa disse que se poderia perguntar a Jesus: “Mas como, Senhor? Também Vós? Já temos demasiadas divisões. Não fostes Vós que dissestes na última ceia: Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz? Sim – poderia responder-nos o Senhor –, fui eu. Mas lembrai-vos que naquela noite, na minha última noite, acrescentei imediatamente a propósito da paz: Não é como a dá o mundo, que Eu vo-la dou. Não se perturbe o vosso coração nem se acovarde (cf. Jo 14, 27)”.

Leão XIV disse que o mundo frequentemente habitua-nos a confundir a paz com a comodidade e o bem com a tranquilidade”; e disse que amigos e familiares provavelmente aconselharão os cristãos a não correrem riscos ou se esgotarem, “porque o importante é ficar tranquilos e os outros não merecem ser amados”.

“Jesus, pelo contrário, mergulhou corajosamente na nossa humanidade. Eis o batismo de que fala: é o batismo da cruz, uma imersão total nos riscos que o amor comporta. E nós, quando comungamos, nutrimo-nos desse seu dom audaz”, disse o papa.

“A missa”, disse Leão XIV, “alimenta esta decisão. É a decisão de não viver já para nós mesmos, de levar o fogo ao mundo. Não o fogo das armas, nem o das palavras que queimam os outros. Este não. Mas o fogo do amor, que se inclina e serve, que opõe à indiferença o cuidado e à prepotência a mansidão; o fogo da bondade, que não tem custos como as armas, mas que gratuitamente renova o mundo”.

“Pode custar incompreensão, escárnio e até perseguição, mas não há paz maior do que ter dentro de si a sua chama”, disse ele.

Do mesmo modo, o papa disse: “Jesus venceu a morte – o domingo é o seu dia, o dia da Ressurreição – e nós já começamos a vencê-la com Ele”. 

Por isso, Leão XIV agradeceu a todos aqueles que “se empenham em levar o fogo da caridade” e os encorajou a “não fazer distinção entre quem assiste e quem é assistido, entre quem parece dar e quem parece receber, entre quem aparece pobre e quem sente que oferece tempo, competências, ajuda”.

“Somos a Igreja do Senhor, uma Igreja de pobres, todos preciosos, todos sujeitos, cada um portador de uma Palavra singular de Deus. Cada um é um dom para os outros. Derrubemos os muros”, disse ele.

“Só juntos, só transformando-nos num único Corpo, no qual também o mais frágil participa com plena dignidade, somos o Corpo de Cristo, a Igreja de Deus. Isto acontece quando o fogo que Jesus veio trazer queima os preconceitos, as prudências e os medos que ainda marginalizam aqueles que levam escrita a pobreza de Cristo na sua história”, disse também o papa.

Nesse sentido, ele exortou os fiéis a não deixar “o Senhor fora das nossas igrejas, das nossas casas e da nossa vida”, mas sim a deixá-Lo “entrar nos pobres e, então, faremos as pazes também com a nossa pobreza, aquela que tememos e negamos quando buscamos a todo custo tranquilidade e segurança”.    

Leão XIV concluiu citando a passagem em que o velho Simeão disse a Nossa Senhora que seu Filho Jesus seria um sinal de contradição. "Sejam revelados os pensamentos dos nossos corações e que o fogo do Espírito Santo possa transformá-los de corações de pedra em corações de carne", disse Leão XIV.


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