Aug 15, 2025 / 14:23 pm
A Conferência Episcopal Polonesa anunciou a beatificação do arcebispo jesuíta alemão Eduard Profittlich, que se recusou a deixar a Estônia, onde estava evangelizando, e que morreu como mártir numa prisão soviética em 1942.
A beatificação vai ocorrer no dia 6 de setembro, na Praça da Liberdade, em Tallinn, Estônia, às 11h (horário local), e será celebrada pelo cardeal Christoph Schönborn, enviado do papa Leão XIV.
"A beatificação do nosso mártir, arcebispo Eduard Profittlich, é uma mensagem de esperança e otimismo para toda a sociedade estoniana", disse o bispo de Tallinn, dom Philippe Jourdan.
A declaração da Conferência Episcopal Polonesa diz que, depois da missa, todas as vítimas das deportações soviéticas serão lembradas com uma oração ecumênica, acompanhada por representantes de outras igrejas cristãs.
A beatificação do arcebispo Profittlich vai ocorrer na véspera da canonização do beato Carlo Acutis e do beato Pier Giorgio Frassati, que serão declarados santos pelo papa Leão XIV no dia 7 de setembro, na praça de São Pedro, no Vaticano.
Quem foi o mártir Eduard Profittlich?
Eduard Profittlich foi um arcebispo jesuíta alemão nascido em 11 de setembro de 1890, em Birresdorf, Renânia, Alemanha. Ele foi batizado no mesmo dia.
Segundo o site dos jesuítas, ele ingressou no seminário de Trier em 1912, mas depois de dois semestres, saiu em 1913 para ingressar no noviciado da Companhia de Jesus na Holanda, seguindo os passos de seu irmão mais velho, Pedro, um missionário jesuíta que morreu no Brasil.
Foi ordenado sacerdote em 1922, servindo posteriormente na Alemanha e na Polônia. Em 1930, fez seus votos finais como jesuíta e foi enviado para a Estônia, onde foi administrador apostólico e, posteriormente, arcebispo.
Quando a União Soviética ocupou a Estônia em 1940, a liberdade religiosa foi severamente restringida e a perseguição ao clero da Igreja se intensificou.
Embora tenha tido a oportunidade de voltar à Alemanha, ele decidiu ficar na Estônia, seguindo o conselho do venerável papa Pio XII e, “fiel a si mesmo e a Deus, decidiu compartilhar o destino comum de tantos estonianos depois da ocupação soviética”, diz a Conferência Episcopal Polonesa.
Ele foi preso em junho de 1941 e forçado a viajar cerca de 2 mil quilômetros até a prisão de Kirov. Foi condenado à morte em 21 de novembro daquele ano, depois de ser julgado "por um tribunal baseado em acusações forjadas de propaganda contrarrevolucionária e agitação antissoviética, e de não informar sobre atividades contrarrevolucionárias", dizem os jesuítas.
Sua apelação foi rejeitada e, devido às duras condições da prisão, o arcebispo Profittlich morreu em 22 de fevereiro de 1942.
O papa Francisco aprovou o decreto reconhecendo o martírio do arcebispo alemão em 18 de dezembro do ano passado.
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