Aug 12, 2025 / 09:24 am
O arcebispo de Westminster na Inglaterra e no País de Gales, cardeal Vincent Nichols, emitiu uma declaração condenando os planos de Israel de tomar a Cidade de Gaza.
A declaração foi feita depois que o gabinete de segurança de Israel aprovou um plano em 8 de agosto para assumir o controle da Cidade de Gaza e expandir as operações militares.
O plano de cinco etapas de Israel inclui desarmar o Hamas, libertar todos os reféns vivos e mortos, desmilitarizar a Faixa de Gaza, estabelecer controle israelense temporário sobre o enclave e, eventualmente, substituir o Hamas por uma administração civil árabe amigável.
“Hoje, e nestes dias, choro pelo povo de Gaza, pois eles enfrentam não só a continuação de seu imenso sofrimento, mas uma escalada em suas dificuldades e desespero”, disse Nichols na declaração de 8 de agosto .
“Aumentar a destruição da Cidade de Gaza e depois do restante do seu território, a fim de derrotar uma organização e um movimento terrorista, é um acontecimento que está sendo justamente condenado em todo o mundo”, disse o arcebispo.
“Deve haver uma maneira melhor”, disse Nichols, presidente da Conferência Episcopal Católica da Inglaterra e do País de Gales, pedindo uma estratégia alternativa “que não acumule ainda mais sofrimento e miséria sobre tantas pessoas que não são combatentes, mas estão indefesas diante dos perpetradores da violência em seu meio”.
“Muito sangue inocente já foi derramado; muitas vidas destruídas; muita fome e inanição”, disse ele. “Essa guerra precisa acabar, não se intensificar”.
Nichols expressou solidariedade aos fiéis em Gaza e ao patriarca latino de Jerusalém, cardeal Pierbattista Pizzaballa, cujos “apelos consistentes pela paz”, entrega de ajuda e apoio à paróquia da Sagrada Família na Cidade de Gaza, disse ele, deveriam “evocar de nós toda a nossa ajuda prática e nossas orações”.
O arcebispo de Westminster também invocou as orações de Nossa Senhora de Gaza e santa Teresa Benedita da Cruz, judia convertida à fé católica cujo dia festivo foi em 9 de agosto.
Os últimos acontecimentos aconteceram pouco menos de um mês depois de um ataque aéreo israelense atingir "por engano" a única igreja católica de Gaza, resultando em três mortes e 15 feridos.
O arcebispo Timothy P. Broglio, presidente da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA (USCCB, na sigla em inglês), pediu paz e um "cessar-fogo imediato" depois do ataque, dizendo: "Com o Santo Padre, os bispos católicos dos EUA estão profundamente tristes ao saber das mortes e ferimentos na Igreja da Sagrada Família em Gaza causados por um ataque militar".
O presidente do Comitê de Justiça e Paz Internacional da USCCB, dom Abdallah Elias Zaidan, também pediu o fim da guerra e a “expansão imediata da assistência humanitária por todos os canais em Gaza”.
Ontem (11), cinco jornalistas da rede de televisão Al Jazeera e um jornalista freelancer foram alvejados e mortos pelas Forças de Defesa de Israel numa tenda de imprensa em frente ao Hospital Al Shifa, no leste da Cidade de Gaza, segundo a agência de notícias Reuters. Israel alegou que um dos jornalistas, Anas al-Sharif, era um agente do Hamas, embora a Al Jazeera tenha negado. O ataque aéreo foi amplamente condenado por jornalistas, grupos de direitos humanos e pela Organização das Nações Unidas (ONU).
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