5 de dezembro de 2025 Doar
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Bispo critica aplicação indiscriminada da lei de imigração nos EUA

O bispo Mark Brennan, de Wheeling-Charleston, Virgínia Ocidental, EUA. | Arquidiocese de Baltimore

O bispo Mark Brennan, de Wheeling-Charleston, Virgínia Ocidental, EUA, criticou a política do governo Trump de deportar "o maior número possível de imigrantes" sem "distinguir entre verdadeiros criminosos e pessoas cumpridoras da lei".

Numa declaração recente dirigindo-se aos fiéis de sua diocese, Brennan disse: "Alguns de vocês me disseram que estavam felizes em apoiar um candidato presidencial que instalaria a ordem na fronteira sul e manteria afastados traficantes de drogas, terroristas e criminosos violentos, mas que não esperavam esse ataque generalizado à maioria dos imigrantes, que trabalham duro, estão criando suas famílias e vivem pacificamente em nossas comunidades".

O bispo pediu ao governo que priorizasse a deportação de criminosos violentos em vez de pessoas honestas, destacando que entrar nos EUA "sem permissão oficial do governo é uma violação à lei, mas menor, no mesmo nível de vadiagem, embriaguez pública e furto em lojas".

A crítica de Brennan às deportações em massa está alinhada com a de vários outros líderes católicos, como o arcebispo de Los Angeles, José Gómez, que disse recentemente: "Uma grande nação pode dedicar tempo e cuidado para fazer distinções e julgar cada caso com base em seus méritos".

“Em nossa jornada rumo à eternidade, o Senhor espera que ajudemos uns aos outros”, disse Brennan. “Por que mais Ele nos ordenaria: Ama teu próximo como a ti mesmo e faz aos outros o que gostaria que fizessem por ti?”

“À luz desses princípios cristãos, nós, o povo, devemos agir”, disse Brennan. Os fiéis podem exigir uma aplicação da lei “menos cruel” e podem se manifestar “quando ouvimos comentários grosseiramente imprecisos sobre imigrantes sem documentos serem uniformemente criminosos, quando só alguns cometem crimes violentos”.

“Como pessoas de fé, devemos orar intensamente para que Deus toque as mentes e os corações de nossos líderes políticos e os mova a serem mais razoáveis e humanos em suas políticas; e para que aqueles que implementam essas políticas o façam com respeito aos seus semelhantes”.

Brennan encorajou quem aplica políticas de imigração a “considerar se uma ação específica é moralmente justificada”, porque, em última análise, “o juiz final das nossas ações é Deus”.

“Reconheço que eles juraram cumprir a lei”, disse o bispo sobre policiais. “No entanto, a maneira como uma lei é aplicada importa. Aqueles que agem em nome do governo não podem escapar da responsabilidade pessoal por uma ação injusta sob a desculpa de que foi ordenada por seus superiores”.

“Essa defesa não foi aceita nos julgamentos de Nuremberg de criminosos de guerra nazistas no fim da Segunda Guerra Mundial”, disse Brennan. “Os juízes consideraram que um soldado, guarda ou oficial que autorizasse ou se envolvesse em graves violações de direitos humanos era pessoalmente responsável por seus atos”.

“O que foi relatado sobre os excessos na aplicação da lei de imigração não se aproxima do horror do tratamento nazista aos prisioneiros, mas o princípio da responsabilidade pessoal pelas próprias ações permanece o mesmo”, disse o bispo.

“Nossa Igreja não teria mártires se o bem maior fosse preservar a vida”, disse Brennan. “Há coisas pelas quais vale a pena assumir uma posição de princípios”. Em conjunto com bispos de todos os EUA, Brennan pediu aos fiéis “que afirmem a humanidade de todos os imigrantes, independentemente de sua situação legal”.

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