5 de dezembro de 2025 Doar
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Sem financiamento federal, cerca de 20 clínicas da Planned Parenthood fecham nos EUA

Cerca de 20 instalações da Planned Parenthood nos EUA anunciaram, nos últimos meses, planos de fechar por problemas de financiamento | Jonathan Weiss/Shutterstock

Cerca de 20 instalações da Planned Parenthood nos EUA anunciaram, nos últimos meses, planos de fechar por problemas de financiamento causados por novas regras federais que impedem a maior multinacional de abortos do mundo de receber reembolsos dos programas de saúde Medicaid e Medicare do governo federal americano.

Até a última sexta-feira (25), pelo menos 25 clínicas da Planned Parenthood anunciaram seu fechamento em dez Estados dos EUA. O anúncio mais recente, na última quinta-feira (24), foi o da Planned Parenthood Mar Monte, que planeja fechar cinco instalações no norte da Califórnia.

Em 4 de julho, o presidente dos EUA, Donald Trump, promulgou a lei One Big Beautiful Bill, que congelou por um ano os reembolsos do Medicaid e do Medicare para a Planned Parenthood. A decisão é contestada na justiça, mas um juiz federal autorizou na última semana a entrada em vigor do congelamento para a maioria das filiadas à Planned Parenthood.

Algumas instalações da Planned Parenthood anunciaram fechamentos antes da aprovação do projeto de lei em antecipação aos cortes de financiamento, enquanto outras começaram a anunciar fechamentos na semana passada.

“Estamos com o coração partido e indignados por termos que fechar cinco dos nossos centros de saúde e suspender três serviços cruciais”, escreveu Planned Parenthood Mar Monte numa publicação na rede social Instagram.

Na publicação, a afiliada da Planned Parenthood chamou a disposição de desfinanciamento de "uma proibição indireta do aborto em Estados com liberdade reprodutiva".

A afiliada ainda vai operar outras 30 clínicas de aborto na Califórnia e em Nevada.

Kristan Hawkins, presidente da organização pró-vida Students for Life of America, celebra a "vitória para os bebês na Califórnia", um Estado que ela disse ser "um centro para abortos tardios", em declaração na rede social X.

Afiliadas da Planned Parenthood também estão fechando quatro instalações em Iowa, quatro em Michigan, quatro em Minnesota, duas em Ohio, duas em Utah, uma em Vermont, uma em Nova York, uma em Indiana e uma no Texas.

A Planned Parenthood Federation of America disse em 1º de julho que a disposição de corte de financiamento poderia forçar a rede de aborto a fechar cerca de 200 clínicas, 60% das instalações da Planned Parenthood.

Marjorie Dannenfelser, presidente da organização pró-vida Susan B. Anthony Pro-Life America, disse à CNA, agência em inglês da EWTN, que a Planned Parenthood deveria "olhar no espelho para descobrir o motivo pelo qual seus centros estão fechando".

“O foco da Planned Parenthood está em abortos, transições de gênero e gastos políticos — tudo isso arrecadando centenas de milhões dos pagadores de impostos”, disse Dannenfelser. “Muitas vezes, ofereceram-lhes uma maneira de manter seu financiamento, abandonando os abortos, mas eles se recusam”. 

“Ao mesmo tempo, eles não têm o monopólio da saúde, pois as mulheres já frequentam centros de saúde comunitários que dão um atendimento muito mais abrangente e são mais acessíveis”, disse a presidente da Susan B. Anthony Pro-Life America.

Michael New, pesquisador associado sênior do Instituto Charlotte Lozier, entidade de pesquisa do Susan B. Anthony List, disse à CNA que "não deveria ser surpresa que a Planned Parenthood esteja respondendo ao corte de financiamento federal fechando algumas de suas instalações", dizendo que a Planned Parenthood recebe centenas de milhões de dólares em fundos dos pagadores de impostos anualmente.

New disse que os fechamentos da Planned Parenthood “deveriam ser vistos como uma vitória para o movimento pró-vida”.

“Mesmo as unidades da Planned Parenthood que não fazem abortos ainda fazem encaminhamentos para abortos”, disse New. “Além disso, quando uma instalação da  Planned Parenthood fecha, isso significa que há menos pessoas trabalhando para a indústria do aborto. Por fim, os programas de contracepção e educação sexual da Planned Parenthood criam uma cultura mais promíscua, que resulta em mais abortos”.

Segundo uma lei federal, os reembolsos do Medicaid e do Medicare não estavam disponíveis para a maioria dos abortos. Mas, antes da nova lei entrar em vigor, a Planned Parenthood conseguia obter reembolsos desses programas para serviços não relacionados a abortos.

Segundo o relatório anual da Planned Parenthood referente ao período de julho de 2023 a junho do ano passado, cerca de 40% da receita total da rede de aborto veio do dinheiro dos pagadores de impostos, grande parte obtida por meio de reembolsos do Medicaid e do Medicare. Ao longo daquele ano, a Planned Parenthood recebeu cerca de US$ 800 milhões (cerca de R$ 4,4 bilhões) em recursos públicos.


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